29 de mai. de 2013

PAS realiza visitas em Aveiro/PA para subsidiar a elaboração do diagnóstico socioeconômico e ambiental do PA Cristalino II


Na última semana, o  IPAM realizou visitas ao município de Aveiro, estado do Pará, com o intuito de levantar informações secundárias para subsidiar a elaboração do diagnóstico socioeconômico e ambiental do PA Cristalino II, que participa como assentamento de referência no projeto Assentamentos Sustentáveis na Amazônia.

 A visita iniciou-se por Fordlândia, onde estão localizados os escritórios locais da EMATER/PA e ADEPARÁ, bem como a base da Secretaria Municipal de Agricultura de Aveiro (SEMAGRA).

Em conversa com o chefe local da EMATER, foi possível acessar informações sobre o histórico de atuação da empresa no PA Cristalino II, destacando o acesso a um Plano de Recuperação do Assentamento, realizado em 2005. As informações sobre as operações de crédito serão repassadas em seguida. Na ADEPARÁ não foi possível coletar informações, já que as informações estão no escritório do distrito de Brasília Legal.

A SEMAGRA, através do secretário municipal de agricultura, Sr. João Gerdal Paiva, informou que a atuação no PA ainda é incipiente, porém existe um planejamento de ações para os próximos quatro anos que irão apoiar atividades produtivas no assentamento.

Na sede do município de Aveiro, foram realizadas visitas e audiências na prefeitura municipal, nas secretarias de saúde, educação, assistência social e obras, câmara de vereadores e sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Aveiro.

De maneira geral as secretarias disponibilizaram informações sobre os servidores que atuam no PA, número de escolas e alunos, campanhas de vacinações realizadas. No entanto, a secretaria de assistência social, não disponibilizou os dados sobre os beneficiários dos programas sociais, uma vez que o sistema estava fora do ar. Ficou acordado que estas informações seriam repassadas em seguida.

Na audiência com o prefeito municipal, Sr. Olinaldo Barbosa da Silva “Fuzica”, o mesmo destacou a importância do projeto para o município, porém avaliou que as condições das estradas do assentamento será um entrave para o desenvolvimento das atividades, o que colocaria em risco os investimentos a serem executados no assentamento. Olinaldo Barbosa  se colocou a disposição para participar das futuras reuniões com o INCRA e para assinatura de um termo de parceria com o IPAM visando contribuir com a execução do PAS.

As informações acessadas durante as visitas serão sistematizadas para compor o diagnóstico socioeconômico e ambiental do PA Cristalino II. As visitas foram acompanhadas pelo presidente da Associação de Agricultores familiares de Santa Inês, Sr Edmundo Silva e Sra. Maria Kaiser do Fórum dos Movimentos Sociais da BR 163.

FONTE: Texto de Edivan Carvalho - IPAM, disponível no blog do Codeter BR 163.

Criação de abelhas melhora agricultura e reduz desmatamento amazônico

As abelhas brasileiras têm servido de auxílio para produtores da região amazônica. A técnica de criação desses insetos polinizadores têm elevado a qualidade dos frutos cultivados e o processo ainda ajuda a combater o desmatamento gerado para a obtenção do mel.

Conforme informado por Ivanildo Alves dos Santos, em declaração ao iG, o uso das abelhas aumentou a produtividade e melhorou a qualidade, deixando as frutas ainda mais doces. O produtor ainda explica que a opção também ajuda a aumentar os lucros, já que é possível vender o mel fabricado por essas abelhas brasileiras.

Os pontos positivos do uso das abelhas associado à agricultura são muitos, por isso, a alternativa tem feito sucesso em Manaus e região. A Associação de Melipolicultura de Manaus já conta com 80 associados e, o presidente da organização, Sérgio Souza, explica que ainda existem outros produtores que aproveitam a técnica, mas não integram oficialmente o grupo.

Diferente das abelhas africanas, a espécie nativa não tem o hábito de construir colmeias. Assim, o mel fabricado por elas é normalmente depositado em troncos e é necessário cortar a árvore para aproveitá-lo. No caso das abelhas de criação, isso não acontece, porque elas são acomodadas em pequenas caixinhas. Este processo impede que muitas árvores sejam derrubadas por conta desta atividade.

As abelhas nativas produzem um mel com valor de mercado maior, mais doce e também mais nutritivo que o da Apis mellifera, a abelha africana. “A produção de mel não é a atividade número um de cada produtor, mas é algo que está dando dinheiro e melhorando as outras culturas das pequenas propriedades”, informou Sérgio Souza ao portal.

FONTE: Redação CicloVivo, visite aqui.

22 de mai. de 2013

Ciclo de Conferências: "As Hidrelétricas... Invertem uma ordem da Natureza e do mundo social dos povos e comunidades tradicionais"


CICLO DE CONFERÊNCIAS  "AS HIDRELÉTRICAS... Invertem uma ordem da Natureza e do mundo social dos povos e comunidades tradicionais", no NAEA/UFPA, a partir do dia 21/05, com programação que se estenderá por todo o segundo semestre.
 

A primeira conferência será "Direitos e Determinantes sociais da saúde em obras de hidrelétrica", com o Procurador da República DR. FELÍCIO PONTES JR.
Data:  21 de maio
Horário:  15h.
Local: Auditório do NAEA.
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O modelo de desenvolvimento para a Amazônia tem sido historicamente, predatório e excludente.  Esse modelo, centrado em megaprojetos de infraestrutura (projeto de mineração, projetos hidrelétricos, etc), estímulo à pecuária, ao agronegócio, penaliza povos e comunidades tradicionais,  moradores das cidades que  que não estão sendo beneficiados por esses projetos. 
 
Estudos realizados em diferentes regiões de países em desenvolvimento evidenciam efeitos sociais e ambientais de mega-hidrelétricas. A construção de hidrelétricas na Amazônia produz efeitos negativos de grande magnitude: há desestruturação sócio-econômica e ecológica, formação de grandes lagos, inundação de florestas tropicais, provocando perda da biodiversidade e mudanças no perfil epidemiológico, produzindo efeitos deletérios sobre   a saúde e a vida da população local. Assim aconteceu em Tucuruí (PA) e Balbina (AM).  

A Amazônia é considerada como fronteira energética na observância de que seus rios (Tocantins, Madeira, Araguaia, Xingu e Tapajós) respondem por 63% do potencial hidrelétrico brasileiro. 

O Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte, a maior e principal obra do PAC, recebe  críticas de vários setores nacionais e internacionais pelos impactos ambientais, sociais que incidirão sobre os ecossistemas, povos indígenas, populações ribeirinhas e trabalhadores rurais do  Xingu.

 Entre as críticas feitas ao projeto Belo Monte destacam-se: 
 
a) Falta de precisão sobre formas de compensar as família que serão impactadas pela obra. 
b)  Superdimensionamento da energia e dos empregos que serão criados. 
c) Subestimação das populações urbanas e rurais que serão afetadas pela obra.
d)  Desconsideração das consequências socioambientais do projeto no trecho do rio Xingu que terá sua vazão reduzida. 

Com uma estimativa de custo de R$ 32 bilhões,  Belo Monte avança com 12 ações civis públicas no Tribunal Superior Federal e uma petição com mais de um milhão e trezentas e cinquenta mil assinaturas recolhidas, solicitando a interrupção imediata da obra.
Procurador Dr. Felício Pontes Jr, que faz conferência sobre os direitos e determinantes sociais da saúde em obras de hidrelétrica.

Ciclo de Conferencias está acontecendo no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA, desde o dia 21/05, com programação que se estenderá por todo o segundo semestre. A primeira conferência será "Direitos e Determinantes sociais da saúde em obras de hidrelétrica", com o Procurador da República DR. FELÍCIO PONTES JR.


A proposta do NAEA/UFPA para o Ciclo de Conferências

O modelo de desenvolvimento para a Amazônia tem sido historicamente, predatório e excludente. Esse modelo, centrado em megaprojetos de infraestrutura (projeto de mineração, projetos hidrelétricos, etc), estímulo à pecuária, ao agronegócio, penaliza povos e comunidades tradicionais, moradores das cidades que que não estão sendo beneficiados por esses projetos.  

Estudos realizados em diferentes regiões de países em desenvolvimento evidenciam efeitos sociais e ambientais de mega-hidrelétricas. A construção de hidrelétricas na Amazônia produz efeitos negativos de grande magnitude: há desestruturação sócio-econômica e ecológica, formação de grandes lagos, inundação de florestas tropicais, provocando perda da biodiversidade e mudanças no perfil epidemiológico, produzindo efeitos deletérios sobre a saúde e a vida da população local. Assim aconteceu em Tucuruí (PA) e Balbina (AM). 

A Amazônia é considerada como fronteira energética na observância de que seus rios (Tocantins, Madeira, Araguaia, Xingu e Tapajós) respondem por 63% do potencial hidrelétrico brasileiro. 

O Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte, a maior e principal obra do PAC, recebe críticas de vários setores nacionais e internacionais pelos impactos ambientais, sociais que incidirão sobre os ecossistemas, povos indígenas, populações ribeirinhas e trabalhadores rurais do Xingu. 

Entre as críticas feitas ao projeto Belo Monte destacam-se: 

a) Falta de precisão sobre formas de compensar as família que serão impactadas pela obra. 
b) Superdimensionamento da energia e dos empregos que serão criados. 
c) Subestimação das populações urbanas e rurais que serão afetadas pela obra.
d) Desconsideração das consequências socioambientais do projeto no trecho do rio Xingu que terá sua vazão reduzida. 

Com uma estimativa de custo de R$ 32 bilhões, Belo Monte avança com 12 ações civis públicas no Tribunal Superior Federal e uma petição com mais de um milhão e trezentas e cinquenta mil assinaturas recolhidas, solicitando a interrupção imediata da obra.

FONTE: Disponível no Blog Amazônia Legal em Foco.

20 de mai. de 2013

Fundação Amazônia Paraense tem edital aberto para bolsas de mestrado e doutorado


 
O valor global estimado para esse edital é superior a R$ 4,6 milhões


Fortalecer o compromisso à consolidação dos cursos e programas de pós-graduação stricto sensu no estado do Pará. Esse é o principal objetivo do governo que, por intermédio da Fundação Amazônia Paraense, lançou no último dia 10 de maio edital para concessão de quotas de bolsas de mestrado acadêmico e doutorado para as Instituições de Ensino Superior (IES), sediadas no estado.

A subvenção de cotas de bolsas para mestrado e doutorado às Instituições de Ensino Superior (IES) é uma metodologia que a Fundação elegeu para dar mais autonomia às IES na distribuição de bolsas nas diversas áreas do conhecimento, avaliadas por estas, como mais estratégicas. "Essa modalidade tem por objetivo fortalecer a formação de recursos humanos no estado de forma mais democrática, bem como consolidar os cursos e programas de pós-graduação paraenses, em constante avaliação pela Capes", ressaltou o diretor científico da Fundação, Moacir Macambira, sobre o modelo aplicado.

As propostas aprovadas receberão recursos oriundos do Programa Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável da Fundação, inserido no Plano Plurianual do governo do Pará. O valor global estimado para esse edital é maior que R$ 4,6 milhões. A previsão é de R$ 2,5 milhões, distribuídos para 70 bolsas de mestrado acadêmico, com duração de até 24 meses e, de R$ 2,1 milhões para 20 bolsas de doutorado, com duração de até 48 meses.

Só poderão candidatar-se ao certame as Instituições de Ensino Superior, públicas ou privadas sem fins lucrativos, sediadas no Pará, que desenvolvam programas de pós-graduação stricto sensu, reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O Presidente da Fundação, Mário Ramos Ribeiro, disse que o lançamento desse edital, além de fortalecer o ensino de pós-graduação no Pará, na sua quantidade, diversidade, "tem por finalidade, sobretudo, o atendimento à formação de recursos humanos qualificados, bem como a consolidação dessa qualificação na interiorização das atividades de pesquisa no Pará", ressaltou Ribeiro.

Maiores detalhes de informações sobre o edital poderão ser obtidas na Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa, localizada na Travessa Nove de Janeiro nº 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado (esquina com Gentil), Bairro São Bráz CEP: 66.060-575, fone: 3323-2564, pelo e-mail dicet@fapespa.pa.gov.br, e no site da Fundação clicando aqui.

FONTE: Assessoria de comunicação da Fapespa.

16 de mai. de 2013

Governo proíbe atividade de garimpo no Tapajós


Desde segunda-feira(15/04) está proibida a atividade de garimpo às margens de todos os afluentes do rio Tapajós, no oeste do Estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial de ontem e o prazo para desmobilizar máquinas dessa área é de 60 dias.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará, José Colares explica que a decisão foi tomada após uma série de encontros com representantes dos garimpeiros e com prefeitos da região. A proibição é por tempo indeterminado e atinge a atividade em municípios como Itaituba, Novo Progresso, Trairão e Jacareacanga. Hoje, há garimpos às margens dos rios Tocantinzinho, Água Branca, Crepori e Creporizão. “Esses afluentes não suportavam mais a atividade”.

Está suspensa também a atividade às margens do próprio rio Tapajós mas, nesse caso, a proibição poderá ser revogada. O governo do Pará encomendou estudo à Universidade do Oeste do Pará (Ufopa) para avaliar se há ainda condições da atividade ser retomada. 

“Precisamos saber de que forma isso poderá ser feito”, explica. Não há prazo para conclusão do estudo. Enquanto isso, está liberada a atividade garimpeira em terra firme, mas ela precisará ser feita com autorização da secretaria. 

Para isso, o Estado deve publicar, ainda neste mês, uma instrução normativa, definido os critérios para desenvolvimento do garimpo. Caso volte a ser liberada, a atividade no Tapajós também será alvo de instrução normativa. 

DECISÃO

A decisão do governo deve atingir milhares de garimpeiros na região que foi um dos principais pontos de exploração mineral nas décadas de 1970 e 1980. Nos anos 90, a atividade entrou em declínio, mas com a recente recuperação do preço do ouro no mercado internacional, a região voltou a atrair exploradores. Não há dados precisos, mas estima-se que mais de 30 mil garimpeiros estejam atuando na região. 

A produção supera os 300 quilos mensais. “Há localidades com mais de três mil habitantes que sobrevivem exclusivamente da extração de ouro. Não se trata de obstruir a vocação da região para a atividade garimpeira, mas ela precisa ser desenvolvida dentro de critérios”. O governo poderá atuar dentro da Área de Proteção Ambiental, que é de responsabilidade do Estado. Nas áreas de influência federal, caberá ao Ibama conceder a licença para a atividade.

Capacitação promove a implantação de Sistema Agroflorestal em unidade demonstrativa de propriedade rural sustentável na BR 163


A oficina realizada no período de 21 a 23 de abril de 2013, no município de Itaituba, estado do Pará teve como objetivos Nivelar, esclarecer e difundir a ideia e os princípios de um Sistema AgroFlorestal -  SAF para produtores familiares e ao mesmo tempo implantar uma parcela de SAF em uma área do parque de exposição de Itaituba que está criando e representando uma propriedade rural integrada e diversificada para expor a visitação durante a feira agropecuária do município. Participaram produtores familiares dos municípios de Trairão, Aveiro e Itaituba, estado do Pará.

A unidade demonstrativa, que irá conter todos os sistemas produtivos de uma propriedade rural sustentável vem sendo discutida e implantada pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Itaituba -SIPRI, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – EMATER/Regional Itaituba, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM e Prefeitura Municipal de Itaituba. A unidade demonstrativa quando estiver totalmente estabelecida irá possibilitar a visualização de todos os componentes produtivos de uma propriedade rural sustentável e servirá de referencia para capacitações e dias de campo para os agricultores familiares da região, destacando o passo a passo para a adequação ambiental de uma propriedade rural. 

Neste contexto, o IPAM ficou com o compromisso de estabelecer nesta unidade demonstrativa o componente produtivo de SAF´s. Assim sendo no período citado acima foi realizado a oficina sobre SAF´s que oportunizou a produtores e produtoras familiares a realização de reflexões teóricas e praticas sobre uma alternativa de diversificação e recuperação ambiental de unidades produtivas familiares na região, além de incentivar tecnicamente a composição de arranjos de espécies vegetais que melhorem a geração de renda e produção de alimentos.

Na parte teórica os participantes acessaram conteúdos relacionados ao histórico da prática de SAF´s na Amazônia, os marcos legais que dispõem sobre a utilização de SAF´s no processo de recuperação de áreas desflorestadas para contabilização da área de recomposição da reserva legal, questões sobre o meio biofísico e do planejamento e implantação de SAF´s. Ao final da parte teórica o grupo montou um arranjo produtivo de SAF´s de acordo com a realidade da região.

Na parte prática os participantes implantaram o arranjo produtivo definido, em uma área de 20m x 20m, que contou com o plantio de mudas de essências florestais como ipê e cumaru, frutíferas, com cacau, açaí e banana e culturas anuais, como milho e amendoim. No total foram implantadas mais de 15 espécies e 100 mudas.

A presente atividade foi realizada no contexto do projeto Capacitação em uso de práticas produtivas sustentáveis na região de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém), com apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) no âmbito do componente II do Projeto BR 163: Floresta, Desenvolvimento e Participação executado pelo Ministério do Meio Ambiente. 

Comunidades de Trairão, no Pará, terão apoio do Serviço Florestal para manejar açaí


Atividades compreendem apoio a produção e comercialização para 70 produtores


Uma reunião pública realizada no distrito Bela Vista do Caracol, no município de Trairão (PA), no dia 26/04, reuniu representantes do governo local, organizações da sociedade civil e de comunidades que extraem produtos da palmeira açaí para apresentar as atividades que o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) desenvolverá na região para fortalecer essa cadeia produtiva.

As ações visam fomentar a produção e a comercialização realizada pelas comunidades locais que manejam a espécie, fonte dos produtos não madeireiros mais importantes para o município. O apoio também deve auxiliar os comunitários a se inserirem em uma cadeia produtiva da qual o Pará é maior produtor nacional. O estado gerou mais de 100 mil toneladas de frutos e quase 5 mil toneladas de palmito - que pode ser obtido dessa palmeira - em 2011, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Diversas comunidades e famílias sobrevivem da extração do palmito e do fruto do açaí. Com assistência técnica, poderão melhorar suas atividades produtivas e conquistar novos mercados”, afirma a engenheira florestal da Unidade Regional do Distrito Florestal da BR-163 do SFB, Daniela Pauletto.

Manejo
Para os produtores rurais que extraem palmito, será oferecida assistência técnica e capacitação com o objetivo de auxiliá-los na adoção de técnicas sustentáveis de exploração, além de orientações sobre o licenciamento da atividade e apoio para a comercialização. Já para aqueles que trabalham com o fruto, será ofertado apoio para a comercialização.

Essas demandas foram identificadas com auxílio do Grupo de Trabalho Açaí (GT), surgido no âmbito das reuniões do Conselho Consultivo das Florestas Nacionais de Itaituba I e II e do Trairão, as quais possuem forte potencial extrativista. O SFB é uma das instituições que integra o GT.

No total, 70 produtores do município de Trairão serão selecionados para receber a assistência técnica. Visitas de mobilização foram realizadas nas comunidades da região entre os dias 23 e 25/04 para convidar os agricultores para a reunião pública.

As próximas etapas vão incluir inventário participativo das áreas, elaboração de projetos de manejo, auxílio para o cadastramento em órgãos oficiais, oficinas de boas práticas e elaboração e submissão de proposta para acesso ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Os resultados serão monitorados a partir de uma linha de base que será construída a partir do diagnóstico socioprodutivo das unidades de produção que serão beneficiadas. As atividades serão executadas pelo Instituto Socioambiental Flora Nativa do Pará, contratado pelo SFB.

Contato para a imprensa
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Fonte: SFB - http://www.florestal.gov.br/noticias-do-sfb/comunidades-de-trairao-no-para-terao-apoio-do-servico-florestal-para-manejar-acai

Cientistas descobrem 15 novas espécies de aves no sul da Amazônia, local conhecido como Arco do Desmatamento


Em 140 anos, é a maior variedade identificada de uma só vez.


Em cima, da esquerda para a direita: Bico-chato-do-sucunduri. Cancao-da-campina e Chorozinho-do-aripuanã; na parte de baixo: Arapaçu-de-bico-torto; Poiaeiro-de-chicomendes e Rapazinho-estriado-do-oeste  (Foto: Montagem/Vítor Q Piacentini/Fabio Schunck/Mario Cohn-Haft)Em cima, da esquerda para a direita: Bico-chato-do-sucunduri. Cancão-da-campina e Chorozinho-do-aripuanã; na parte de baixo: Poiaeiro-de-chicomendes; Arapaçu-de-bico-torto e Rapazinho-estriado-do-oeste (Foto: Montagem/Vítor Q Piacentini/Fabio Schunck/Mario Cohn-Haft)
Um grupo de 15 novas espécies de aves que vivem na Amazônia brasileira foi descrito por cientistas de três instituições do Brasil e uma dos Estados Unidos. Os pesquisadores afirmam que essa quantidade identificada é a maior da ornitologia brasileira dos últimos 140 anos.
Os cientistas reuniram dados de trabalhos feitos anteriormente, além de análises genéticas e comparações morfológicas, para chegar à conclusão de que se tratavam de novas espécies que vivem no bioma amazônico, um dos que possui a maior biodiversidade do mundo.
As novas espécies foram encontradas no sul da Amazônia, em áreas dos estados do Amazonas, Pará, Acre, além de trechos de Rondônia e Mato Grosso. Quase todas vivem em áreas próximas de rios, como o Tapajós, Madeira, Roosevelt e Purus, ou em regiões isoladas, ora com vegetação alta, ora com mata rasteira, conhecida como campina ou campos amazônicos.
Segundo Luis Silveira, professor doutor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) e um dos pesquisadores do trabalho, os artigos científicos serão publicados entre o fim de junho e começo de julho em um volume especial da publicação “Handbook of the birds of the world”, especializada em detalhar novas aves de diversas partes do mundo.
Veja nomes de 12 das 15 novas aves da Amazônia
Rapazinho-estriado-do-oeste
Choquinha-do-rio-roosevelt
Poiaeiro-de-chicomendes
Arapaçu-barrado-do-xingu
Arapaçu-do-tapajós
Choquinha-do-bambu
Chorozinho-do-aripuanã
Cancao-da-campina
Chorozinho-esperado
Cantador-de-rondon
Bico-chato-do-sucunduri
Arapaçu-de-bico-torto
Dados como nomes científico ou informações sobre localização e hábitos das espécies não puderam ser antecipados pelos pesquisadores. Não há imagens registradas de todas as aves, já que, em  alguns casos, foram feitas apenas observações e, posteriormente, ilustrações que serão divulgadas no livro.
G1 teve acesso a 12 dos 15 nomes populares da aves (veja ao lado), além da avaliação sobre a situação destas espécies na natureza.
Para se obter tal informação, Silveira explica que é feito um cálculo baseado em três fatores: tamanho efetivo da população, pressão sofrida pelo habitat e características próprias da história deste animal.
Mais descobertas
Silveira afirma que o número de novas espécies na Amazônia pode aumentar nos próximos anos, já que outros animais que aparentemente ainda não foram descritos já foram localizados pelos cientistas em incursões pela floresta. “Dessa nova leva, devemos ter mais cinco novas espécies de aves descritas nos próximos anos”, explica.
Das 15 novas aves, 11 só são encontradas no Brasil. As demais podem ser vistas também no Peru e na Bolívia. Porém, a descoberta vem acompanhada de um alerta: ao menos quatro espécies já são consideradas vulneráveis na natureza: o arapaçu-barrado-do-xingu, o arapaçu-do-tapajós, o poiaeiro-de-chicomendes e a cancao-da-campina.
Outra coincidência alarmante é que os membros recém-descritos da fauna brasileira vivem em uma região denominada “Arco do Desmatamento”, trecho que compreende uma faixa entre a Bolívia e o Brasil, que passando por Mato Grosso, Pará e Rondônia, e é conhecida pelas altas taxas de destruição da floresta e queimadas devido ao avanço dos centros urbanos e ao aumento das atividades agropecuárias.
“Várias destas espécies são bichos com hábitos especializados. Qualquer alteração nesses pontos específicos pode representar sua eliminação. Queremos chamar a atenção para esse volume de descobertas para que se possa tomar uma decisão mais sábia e sustentável para o uso deste bioma”, afirma.
Mapa Aves da Amazônia (Foto:  )
Nova gralha pode desaparecer
Uma das espécies consideradas vulneráveis é a gralha cancão-da-campina, que vive em uma área de campina amazônica, entre os rios Madeira e Purus, ao sul de Manaus (AM).
O ornitólogo Mario Cohn-Haft, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), tenta desde 1998 obter informações desta ave, descoberta por acaso durante uma expedição.
Em 2005 ele conseguiu mais dados sobre esta espécie, apesar de descrevê-la apenas agora. No entanto, segundo ele, a população desta ave já estaria sentindo uma queda no número de indivíduos devido ao avanço das atividades humanas.
Essas gralhas vivem no limite entre os campos amazônicos e áreas de floresta densa. Seu habitat é, justamente, o limite entre essas vegetações rasteira e alta. No entanto, de acordo com o pesquisador, as áreas abertas em que essas aves são encontradas – que não são trechos desmatados, mas terrenos naturalmente savanizados – são alvos frequentes da agricultura e da pecuária.
“Há uma lógica popularmente divulgada, mas sem efeito científico, de que campos abertos podem ser usados para a agropecuária, pois não seriam caracterizados como áreas de desmate e não afetariam o meio ambiente. Converter qualquer ambiente natural em uma diferente estrutura altera a biodiversidade daquela região”, explica Cohn-Haft.
Outras ameaças citadas pelo cientista são a proximidade da área com a rodovia federal BR 319, que liga Manaus a Porto Velho, a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau em Rondônia, além da expansão agropecuária e atividades mineradoras em municípios como Humaitá, Boca do Acre (no AM).
“A Amazônia realmente tem uma diversidade grande. Mesmo tendo um dos grupos de aves mais conhecidos, descobrir novas espécies ‘debaixo do nosso nariz’ chama a atenção para a riqueza da floresta. A Amazônia continua oferecendo surpresas, muito além do que imaginávamos”, afirma o cientista.

Os trabalhos foram feitos por cientistas e estudantes de pós-graduação da USP, do Inpa, além do Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém (PA), e do Museu de Ciência Natural da Universidade Estadual da Louisiania, dos Estados Unidos.
FONTE: G1, disponível aqui. 

14 de mai. de 2013

Mundurukus e Tapajós, quem defende um, luta pelo outro!



Expedição Tapajós revela fauna ameaçada por hidrelétrica


As matas na bacia do Tapajós. Vão resistir à chegada de nova hidrelétrica? (foto Leonardo Milano)

Os cientistas da Amazônia estão numa corrida contra o tempo: conhecer as espécies em seus habitats naturais antes que eles sejam transformados pela chegada das hidrelétricas nos rios da região


No maravilhoso rio Tapajós, formado da confluência dos rios Juruena e Teles Pires não é diferente. Ali está em processo de licenciamento a usina de São Luiz do Tapajós, com capacidade de geração de cerca de 6,1 mil MW.

Entre os dias dias 19 de setembro e 9 de outubro de 2011, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma expedição bem nas corredeiras São Luiz do Tapajós, próximo a Itaituba, estado do Pará. Ali está o maior mosaico de unidades de conservação da Amazônia. A expedição fez o primeiro levantamento dos peixes e seus parasitas na região.

A diversidade da ictiofauna é incrível: foram capturadas e identificadas 160 espécies. Mas o total deve passar de 250 espécies já que muitas foram levadas para identificação posterior .

FONTE: O Eco. 

12 de mai. de 2013

IV Seminário de dramaturgia Amazônida.



Terá como homenageado o grande poeta, dramaturgo, ensaísta, professor da UFPA, João de Jesus Paes Loureiro. Os interessados devem enviar sua ficha de inscrição para o e-mail dramaturgia2013@gmail.com, até o dia 13 de maio.