22 de out. de 2015

Estudos do IPAM mostram a relação entre as florestas, os serviços ambientais e o clima

Na Amazônia brasileira, os povos indígenas detêm uma parcela significativa das florestas da região. O conjunto de suas Terras cobre cerca de 110 milhões de hectares e agrega aproximadamente 30% do carbono florestal da região, o que corresponde a algo por volta de 13 bilhões de toneladas de carbono. As Terras Indígenas (TIs) amazônicas desempenham um papel fundamental na contenção do avanço do desmatamento na região. Por conseguinte, têm um papel extremamente relevante para a conservação da biodiversidade e para o cumprimento das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) assumidas pelo Brasil através da lei que estabeleceu a Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC, Lei nº 12.187/2009).

Em paradoxo, as TIs, mesmo abrigando este vasto “oceano verde” estão sob ameaça dos impactos climáticos. Entre os anos de 2000 a 2012, 58% das Terras Indígenas da região sofreram com anomalias de seca, ou seja, secas mais severas que a média. Dessas, 67% tiveram mais da metade de sua área afetada por secas severas.

Mesmo com essa ameaça às TIs, que podem impactar diretamente na produção agrícola da região, o investimento para contenção de desmatamento e a proteção dessas áreas são escassos.

Atualmente, o principal instrumento de incentivo às ações de redução ao desmatamento e proteção florestal na região amazônica é o Fundo Amazônia, que toma como base o valor de U$5,00/ tonCO² (aproximadamente R$17,45/tonCO²). Este valor é bem maior que os recursos destinados à Funai que, não chegam a R$0,63/ha/ano.

Acesse as publicações:


FONTE: IPAM.

20 de out. de 2015

Texto do Reporter Brasil sobre garimpo no Tapajós

Comunidade tradicional e mineradora disputam área rica em ouro na floresta amazônica. Enquanto processo se estende na justiça, trabalhadores e meio ambiente são prejudicados

O garimpo feito pelos moradores da comunidade São José é baseado em extração artesanal (Foto: Guilherme Gomes)
Antônio Ferreira da Silva tinha apenas 15 anos quando chegou na Vila de São José, em 1970. Apesar da pouca idade, ele fora atraído pelos relatos de que aquelas terras, localizadas à beira do rio Pacu, um afluente do Tapajós, no Pará, eram ricas em ouro. Foi ali, em meio aos rigores da Floresta Amazônica, que ele aprendeu a empunhar picareta e pá e cavar o chão atrás do minério. Enquanto crescia, presenciou as transformações da vila: a chegada dos primeiros garimpeiros, os anos de intensa e violenta corrida do ouro, a calmaria que se seguiu e a formação de uma comunidade estável no local. “Eu já passei por fases boas e outras difíceis aqui. O garimpeiro é assim: ele pode até sofrer, mas quando ganha dinheiro esquece de tudo”, diz Antônio, que hoje trabalha no garimpo ao lado de dois filhos.

Durante os 45 anos que viveu ali, ele nunca precisou de documento para trabalhar nas minas da região. A posse das terras era mantida apenas na palavra. Mas tudo mudou em 2010, quando a Mineradora Ouro Roxo, que tem entre seus acionistas o grupo canadense Albrook Gold Corporation, pediu ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) a autorização para explorar uma área onde centenas de garimpeiros trabalhavam. Como eles atuavam ali de maneira informal, o órgão concedeu o pedido e os ocupantes foram expulsos do local. Segundo os habitantes da vila, antes da Ouro Roxo aparecer, garimpeiros locais já haviam feito o pedido para explorar a área, mas não receberam resposta do órgão.

São muitas as diferenças entre o modo como uma grande empresa atua e os garimpeiros locais exploram a terra. O fato dos trabalhadores morarem no local é determinante para a preocupação com os impactos ambientais, já que eles bebem a água dos rios, se alimentam da fauna e flora e sentiriam na pele qualquer tipo de contaminação. Os métodos que eles usam mudaram poucos desde os anos 1970 e são menos invasivos: são poços cavados no chão, que podem chegar a 30 metros de profundidade, e poucas máquinas para processar o material retirado da terra. Isso contrasta com a atuação das grandes mineradoras, que operam usando retroescavadeiras e outros maquinários de grande porte, causando mudanças mais radicais no meio.

A proteção ao meio ambiente foi um dos fatores citados em uma decisão liminar da Justiça Federal, baseada numa ação do Ministério Público Federal, que obrigou o DNPM a suspender a concessão em nome da Ouro Roxo e a analisar o pedido de lavra garimpeira dos moradores da vila São José. A decisão foi em dezembro de 2014. Até hoje, no entanto, o pedido dos garimpeiros não foi analisado, o que deixa a comunidade em situação frágil, sem contar com a posse formal da terra.

A formalização das atividades seria essencial para que os garimpeiros fossem instruídos e obrigados a cumprir as regras de preservação ambiental e de segurança do trabalho. A ausência dessas normas ameaça a própria vida dos trabalhadores. No dia 18 de setembro, quando a Repórter Brasil visitava a vila, um acidente tirou a vida de uma das principais lideranças do local. Osmar Silva, presidente da comunidade, inalou gás ao entrar em uma das minas, ficou inconsciente e caiu no fundo do poço, morrendo com o impacto. O luto parou a comunidade por dois dias. Segundo os moradores, esse tipo de acidente é raro no local. Ainda assim, ele poderia ser evitado se o garimpo fosse regularizado e os garimpeiros fossem instruídos a seguir as regras básicas de segurança do trabalho.
A regularização também é importante pelo fato de a comunidade estar localizada dentro da Área de Proteção Ambiental do Tapajós, que tem mais de 2 milhões de hectares e foi criada em 2006. Esse tipo de unidade de conservação permite presença humana maior do que os Parques e Florestas Nacionais. Ainda assim, as atividades econômicas devem ser planejadas de modo a preservar a fauna e a flora do local. Esse foi um dos fatores que norteou a ação do Ministério Público Federal, uma vez que foram constatados prejuízos ao meio ambiente no trabalho da mineradora.

Os moradores de São José denunciam, por exemplo, o uso irregular pela empresa de cianeto, um produto químico usado para tratar o rejeito do garimpo. Ele pode ser altamente tóxico se despejado no ambiente e contaminar rios e lençóis freáticos. “Eu não me agradei quando vi eles chegando aqui com as máquinas e os produtos químicos”, diz Osimar Alves Jesus, conhecido como Marcha Lenta, que era presidente da comunidade quando a mineradora começou a atuar na região. “Sempre reclamamos da falta de proteção ao usar o cianeto. Aquilo era derramado no igarapé, matava os peixinhos”.

O governo do Pará constatou irregularidades no uso do produto, incluindo rachaduras e furos no material usado para contê-lo. Na ação movida pelo Ministério Publico Federal, o órgão afirma que a empresa causa “graves impactos ao meio ambiente, à população local e, ainda, aos seus próprios colaboradores, vez que não armazena substância tóxica da forma devida.” Por não cumprir as condições ambientais, a ação pede que a licença ambiental da Ouro Roxo seja anulada. Procurada pela reportagem, a Mineradora Ouro Roxo não respondeu aos pedidos de entrevista.

Ouro sem febre

No imaginário brasileiro, os garimpos são terras sem lei, onde os conflitos são resolvidos a bala e o ouro desperdiçado em cachaça, jogos e prostituição. São José é o oposto dessa imagem. Uma comunidade pacata de 1.500 habitantes encravada na floresta. As casas e mercados da vila estão distribuídos em volta de um campo de futebol, que permanece vazio a maior parte do tempo e, aos domingos, sedia partidas entre times de garimpeiros. Uma escola atende 56 crianças, que brincam pelas ruas de terra quando não estão em aula.

É também ao redor do campo de futebol que se concentram os bares e bordéis em que os garimpeiros costumam gastar o ouro ganho durante a semana. Em São José, no entanto, as noitadas não têm mais a mesma intensidade de outros tempos. Em algumas noites, os cachorros da vila fazem mais barulho do que os bêbados, o que seria impensável nos anos 1980. Nessa época, quando foi garimpado muito ouro na região, os bares passaram a ficar lotados, e a violência explodiu. “Era muito comum as pessoas morrerem de facada ou de tiro. E o pessoal continuava bebendo e dançando em volta do morto, como se nada tivesse acontecido”, diz Mara, dona de um dormitório na comunidade.

Com o passar dos anos a vila se acalmou. A quantidade de minério retirado das minas diminuiu e a febre do ouro abrandou. Ao mesmo tempo, os primeiros garimpeiros envelheceram, casaram-se — alguns com as prostitutas da vila — e formaram famílias. As crianças cresceram, casaram e formaram uma comunidade ligada também por laços de sangue.

Iranilda Sales, por exemplo, chegou em São José no ano de 1967, com apenas cinco meses de idade. Seus pais vieram trabalhar no garimpo. Ali, ela se casou com Antonino Ferreira, teve três filhos e um neto. São quatro gerações de sua família que viveram ali, tirando sustento diretamente do ouro explorado na região. “Eu fico muito feliz quando consigo reunir toda a família para almoçar aqui no domingo. É uma satisfação muito grande”, diz, apontando para a mesa onde a refeição é servida.
Iranilda Sales (centro) chegou com cinco meses de idade. Ela se casou com Antonino Ferreira, conhecido como Rondônia, e hoje tem neto vivendo na vila. 

Enquanto alguns garimpeiros desperdiçaram todo o ouro que coletaram, outros o usaram para comprar bares, lojas e investir no futuro da família. José Gilmar de Araújo, por exemplo, usa o dinheiro que ganha para pagar a mensalidades da faculdade de dois filhos que estudam fora. “Eu só sei trabalhar com garimpo. Se sair daqui, passo fome. Mas quero um futuro diferente para meus filhos”, diz.

A noção de que havia se instalado ali uma comunidade tradicional foi um dos principais argumentos usados na ação do Ministério Público Federal. As primeiras notícias de ocupação da área datam dos anos 1940, quando seringueiros exploravam a região. Com o fim do ciclo da borracha, garimpeiros começaram a atuar já nos anos 1950. Baseados em um parecer elaborado pelos pesquisadores Maurício Torres e Natalia Ribas Guerrero, os procuradores federais afirmaram que a Vila de São José tem características de uma população tradicional, que estava na região antes da empresa chegar e, por isso, teria o direito de garimpar a terra.

Corrida pelo título da terra

A posse da terra nunca foi motivo de muito debate em São José. De modo geral, ninguém era impedido de trabalhar em um pedaço de chão que já tivesse um dono, bastava ao garimpeiro pagar uma porcentagem pelo uso do local. “Aqui não tinha isso de assinar papel não, todo mundo sabia de quem a terra era. Era palavra de homem”, diz José da Costa, o Zé cabeludo, que trabalha na região desde 1978. “Foi só nos últimos anos que isso mudou, com a vinda de gente de fora.”

A prática foi alterada com a chegada da Mineração Ouro Roxo, nome inspirado num garimpo da região e da cooperativa que explorava o local. Em 2007, no entanto, a empresa dirigida por Dirceu Frederico Sobrinho comprou o direito de explorar a área da cooperativa e adotou o nome para si. Até hoje, essa compra é contestada na justiça, uma vez que apenas 14 dos cooperados receberam pelo negócio. Os outros 300 garimpeiros que atuavam no garimpo foram expulsos do local.

A maior parte dos trabalhadores expulsos passou a atuar em outros dois garimpos próximos dali: a Pimenteira e a Paxiúba. Mas foi aí que a comunidade sentiu o maior golpe. Em 2010, a mineradora também conseguiu o direito de explorar o subsolo dessas outras áreas. “Isso foi muito injusto. Todo mundo sabe que quem descobre onde tem ouro são os garimpeiros. A gente estava aqui trabalhando, mas como não tínhamos os documentos, perdemos a área”, diz Wanderley Pinheiro da Silva, presidente da Associação de Moradores de São José.

Em abril do mesmo ano, a Polícia Federal apareceu em São José, expulsou todos os trabalhadores que atuavam no local e apreendeu o maquinário utilizado. Como 90% dos garimpeiros da vila trabalhavam ali, a comunidade passou por sérias dificuldades durante os três anos em que as atividades ficaram paradas. O ouro sumiu das ruas e muita gente teve que ir embora para não passar fome.

O caso não atrapalhou a vida só dos garimpeiros. O ouro retirado das minas era responsável por fazer girar toda a economia local. Esterlito dos Anjos, por exemplo, é dono de um mercado na vila. Ele diz que teve um prejuízo de pelo menos 500 mil reais com a ação. “Muitos garimpeiros nunca puderam me pagar o que deviam. Essa ação foi uma barbaridade, uma brutalidade”, diz.

Foi aí que os moradores do local procuraram o Ministério Público Federal. Em 2013, enquanto o órgão analisava a questão, eles decidiram agir e reocupar os dois garimpos como forma de protesto. No final do ano passado a Justiça proferiu a primeira decisão sobre o caso, obrigando o DNPM a suspender a concessão de lavra à Ouro Roxo e a analisar os pedidos de permissão de lavra dos comunitários de São José.

Procurado, o DNPM diz que cumpriu a primeira parte da decisão, mas não identificou nenhum requerimento ou pedido formalizado pelos garimpeiros da Vila São José. “Portanto, legalmente, perante o DNPM quem detêm a titularidade da área é a empresa Mineradora Ouro Roxo Ltda”, afirmou o órgão em comunicado.

Segundo o advogado dos garimpeiros, isso não é verdade. Embora não haja requerimento feito em nome da comunidade como um todo, diversos moradores já deram entrada com pedidos no órgão. O Ministério Público Federal confirma ter informações sobre a existência desses requerimentos, O processo ainda está tramitando, e deve se estender por mais alguns anos até que tudo seja resolvido.

Enquanto esperam a decisão da justiça ou um acordo com a empresa, os garimpeiros não podem fazer planejamento ou investimento na área, pois correm o risco de perder a posse a qualquer momento. “Hoje dependemos da legalização para que possamos ter uma melhoria de vida. Com ela vamos poder conseguir do governo melhorias e empréstimos”, diz José de Alencar, presidente da Cooperativa de Garimpeiros que hoje atua na área.

Outro projeto que depende da regularização para ser posto em prática é o de reflorestamento de áreas já garimpadas. Segundo José de Alencar, existe um plano de criar uma cooperativa extrativista e plantar açaí e buriti em áreas de baixões que já foram explorados. “Queremos reflorestar o que nossos antepassados danificaram e assim, garantir a sobrevivência da nossa comunidade”, diz. “Nós precisamos da legalização do nosso pedaço de terra na Pimenteira e no Paxiúba. Pois essa terra foi de nossos avós, passou de geração em geração e um dia vai ser de nossos filhos.”

FONTE: Texto de Guilherme Rosa, de Jacareacanga, Pará | 17/10/15 para Repórter BRasil, disponível também aqui.

13 de out. de 2015

Ministério Público Federal pede suspensão de exploração madeireira na Flona Crepori

O Ministério Público Federal (MPF) enviou no dia 9/10 um pedido para a Justiça Federal em Itaituba, no sudoeste paraense, para que conceda uma liminar que suspenda, em caráter de urgência, a exploração madeireira na Floresta Nacional (Flona) do Crepori, localizada na região. A exploração foi liberada por meio de licitação do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) que, segundo o MPF, teria desconsiderado a presença de comunidades ribeirinhas e indígenas na área.

De acordo com o MPF, em 2014 o órgão havia pedido à Justiça que suspendesse a licitação florestal, alertando que a atividade feita sem considerar os direitos dos moradores poderia provocar conflitos entre moradores e madeireiros. O MPF afirma ainda que recebeu informações de associações indígenas que dariam conta de uma grande movimentação de pessoas de fora na região, supostamente para abrir uma estrada de acesso às máquinas para a derrubada da floresta.

A instituição reforça que, em seu pedido, disse à Justiça que a exploração é ilegal e inconstitucional, por não ter considerado a presença de populações tradicionais e por não ter feito a consulta prévia, livre e informada prevista na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho.

“Apesar da resistência do SFB, o mesmo laudo pericial foi incisivo ao afirmar que há evidente ocupação do povo Munduruku na área da Flona Crepori, sendo que tais áreas eram utilizadas em conjunto pela comunidade (ribeirinha) e pelo povo Munduruku. O relatório conclui, ainda, que no interior das áreas licitadas passam igarapés de pesca, trilhas de caça e zonas de coleta e há concentração de aldeias Munduruku na margem esquerda do rio das Tropas, na divisa com a Flona, a menos de 2 km do megaempreendimento madeireiro, chamando atenção ainda, para a ausência de consulta ao povo Munduruku, na forma da Convenção 169 da OIT”, destaca o texto da ação.

FONTE: G1.

7 de out. de 2015

UFPA lança barco movido a energia solar

O barco movido à energia solar, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energias Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia (INCT-EREEA), teve seu lançamento oficial realizado na sexta-feira (2), no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, após três anos de desenvolvimento. O projeto Barco Solar e Oficina Solar surgiu por intermédio dos grupos membros Fotovoltaica, da Universidade Federal de Santa Catarina, e Grupo de Estudo de Desenvolvimento de Alternativas Energéticas (GEDAE), da UFPA.

O objetivo inicial do projeto, segundo o coordenador do GEDAE, professor João Pinho, foi, “primeiro, mostrar que a Ciência e a Tecnologia podem ajudar bastante a população na execução das suas atividades e na produção de renda, com soluções que são alternativas e eventualmente mais econômicas e promovem, também, geração de renda, sustentabilidade e defesa do meio ambiente”.
Transporte Sustentável

Batizado como “Aurora Amazônica”, o barco é composto por dois conversores de corrente contínua para corrente alternada, dois motores elétricos WEG responsáveis pelo sistema de propulsão com sistema de refrigeração à água, banco de baterias com autonomia para cinco horas de navegação e capacidade total de 22 pessoas. Além disso, no momento de atracação do barco, ele pode ser carregado conectando-se ao terminal elétrico da oficina solar, ou seja, a embarcação tem um banco extra de armazenamento de energia, o que permite que ele possa ser recarregado mesmo nos períodos de vários dias de chuva, comuns na Região Amazônica.

Os módulos solares fotovoltaicos estão dispostos na cobertura do barco, principal fonte de energia que o conduz. É dessa forma que o projeto proporciona a redução da poluição por diesel, nos rios, e a diminuição do estresse dos animais da região causada pela poluição sonora. Já nos barcos convencionais com motores a combustão, a produção de ruídos é muito maior. A oficina solar, que permite a carga do barco, fica localizada na escola de Belém, ligando a Comunidade de Santa Rosa, a Ilha das Onças, o município de Barcarena, onde a embarcação passou cerca de um ano e meio na condição de testes de implementação.

Concebido e desenvolvido pelo Grupo Fotovoltaica-UFSC e financiado pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto conta com o apoio institucional e técnico da Eletrobras, do Instituo Ideal, das empresas WEG e Holos, do INCT-EREEA e do GEDAE-UFPA. A parceria dessas instituições deu-se pelo intuito de fomentar pesquisa e desenvolvimento social e sustentável da população amazônica.  Primeiramente como protótipo, o Barco Solar apresenta-se à iniciativa privada e governamental como uma alternativa para o transporte escolar na Amazônia, ecoturismo e demais atividades. As perspectivas para o futuro do projeto estão na replicação para outras localidades onde se possam usar a ciência, a tecnologia e a inovação para o desenvolvimento social.

Sobre a importância dessa iniciativa, o professor João Pinho destaca: “primeiro, tem a questão do meio ambiente. As energias renováveis estão se tornando cada vez mais baratas, ao longo do tempo, do que as energias convencionais, que são baseadas em combustível fóssil. E também porque temos uma abundância dessas fontes energéticas aqui, na nossa região, e elas podem ser aplicadas para atividades produtivas para melhorar a distribuição de renda da nossa população.”

FONTE: G1, texto disponível também aqui

Incra nomeia nova superintendente substituta da autarquia no oeste do PA

A nova superintendente substituta regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no oeste do Pará, Elita Beltrão de Freitas, foi nomeada nesta terça-feira (6), de acordo com publicação no Diário Oficial da União (DOU). Ela é servidora de carreira desde setembro de 2006, e assume a função que antes era desempenhada por Adalberto Anequino, cuja exoneração consta na mesma publicação.

Elita de Freitas, de 42 anos, é analista em reforma e desenvolvimento agrário e já exerceu as funções de chefe da Divisão de Desenvolvimento; chefe do Serviço de Infraestrutura, vinculado à Divisão de Desenvolvimento; e assistente do gabinete do superintendente. Ela é formada em pedagogia (UFPA) e tem especialização em Geografia e Produção (PUC-MG).

O superintendente Claudinei Chalito, nomeado em setembro ao substituir Luiz Bacelar, formou nova equipe de trabalho. Foram nomeados ainda as novas chefias de Divisão, mantendo o critério de servidores de carreira do Incra. Raquel Araújo assume a Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária; Arquimedes Cerqueira, a Divisão de Desenvolvimento de Projetos de Assentamentos; Edson Durães, a Divisão de Obtenção de Terras; e Girlanne Cardoso, a Divisão de Administração.
"Esta equipe deve estar pautada no trato adequado com a coisa pública e o respeito aos cidadãos, além de contemplar os anseios de mudança, participação e agilidade. A missão da nova gestão é resgatar a credibilidade do Incra e, inicialmente, tem como prioridade montar um planejamento para atender os passivos [de demandas] da Superintendência", destaca o superintendente Claudinei Chalito, por meio da assessoria de comunicação.

Luiz Bacelar Guerreiro foi exonerado do cargo de superintendente após ser preso acusado de envolvimento com uma quadrilha de comércio ilegal de madeira no Pará, Amazonas e Santa Catarina.

FONTE: G1, texto disponível também aqui.

5 de out. de 2015

Guia de como filmar com celular foi lançado na Assembléia do Médio Tapajós

Guia orienta a produção de vídeo como prova, na defesa e monitoramento do território Munduruku, recém percorrido pela expedição de autodemarcação. Compartilhe para os parentes!

Guia de como filmar com celular em munduruku
Guia de como filmar com celular em munduruku
Guia de como filmar com celular em português
Guia de como filmar com celular em português
FONTE: Do Blog Autodemarcação no Tapajós, visite aqui.