4 de jul. de 2017

Brasil destrói 128 campos de futebol de floresta por hora

Fiscalização em Rondônia: exploração ilegal de madeira na Floresta Nacional do Jamari
(Henrique Donadio/Revista EXAME)

A reportagem da Revista EXAME percorreu a Amazônia e constatou que o aumento no desmatamento é um retrato do Brasil que deu errado

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FONTE: EXAME.

Mais um capítulo no conflito meio ambiente, quilombolas e mineração em Oriximiná (PA)

Expansão da mineração ameaça os territórios quilombolas
A mais premente ameaça aos quilombolas em Oriximiná são os interesses minerários incidentes em seus territórios. A Mineração Rio do Norte implantou-se região nos anos 1970 e, agora, a expansão da sua área de extração ameaça territórios quilombolas. A empresa, que tem a Vale como principal acionista, é a maior produtora de bauxita do Brasil e a terceira maior operação do mundo.

Cálculos baseados em dados do Departamento Nacional de Produção Mineral indicam que a área de concessão da MRN sobreposta às terras quilombolas Alto Trombetas e Alto Trombetas 2 soma quase 40.000 hectares. Tais concessões de lavra incidem em áreas de florestas que há anos garantem aos quilombolas alimento e fonte de renda. São importantes regiões de extrativismo de produtos não-madeireiros, como o óleo de copaíba. A extração da bauxita implica o total desmatamento da floresta e a escavação do solo por mais de 8 metros até alcançar a área do minério.

Licença de Operação concedida sem consulta, avaliação de impactos e indenização
Em 2013, a Mineração Rio do Norte obteve a Licença de Operação do Ibama para explorar o platô Monte Branco incidente na Terra Quilombola Alto Trombetas 2. Apesar do Plano Básico Ambiental  do empreendimento Monte Branco, reconhecer que a área em questão é utilizada para extração de óleo de copaíba pelos quilombolas de sete comunidades e que a supressão da floresta pode trazer impactos para renda dessa população, não houve consulta livre, prévia e informada nem tampouco indenização aos quilombolas pelos prejuízos. Já o ICMBio recebeu da MRN o valor de R$ 73.285.394,36 como indenização pela vegetação suprimida no Platô Monte Branco. Tal fato levou o Ministério Público Federal a Recomendar, em 1 de setembro de 2016, a suspensão das autorizações e licenças até a realização da consulta livre, prévia e informada. Recomendação que não foi acatada.

Empresa solicita Licença Prévia para extração em novos platôs nas Terras Quilombolas
As ameaças para as comunidades quilombolas se agravam. Em 11 de abril de 2017, a Mineração Rio do Norte protocolou o pedido de Licença Prévia e os Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para a extração de bauxita em novos platôs incidentes em terras quilombolas (empreendimento conhecido como Zona Central e Oeste). As reservas atuais de bauxita estão previstas para se esgotarem em 2023 e a empresa planeja explorar os platôs da Zona Central e Oeste para a garantir a continuidade das operações da MRN até 2043 (Diário Online, 06/09/2016).

Diante do novo pedido da MRN, lideranças quilombolas encaminharam carta ao Ministro do Meio Ambiente e aos presidentes do Ibama, Incra e Fundação Cultural Palmares reivindicando que o licenciamento ambiental seja imediatamente suspenso e que permaneça paralisado até a titulação de suas terras.  Os quilombolas demandam uma moratória: “que nenhuma licença seja concedida para a Mineração Rio do Norte até a titulação de nossas terras”.

A carta assinada pela Associação Mãe Domingas, Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná e a Cooperativa Mista Extrativista dos Quilombolas do Município de Oriximiná exige também que o Incra agilize a conclusão do processo de regularização de seus territórios iniciado há mais de 10 anos.

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FONTE: Quilombolas em Oriximiná.