17 de jun. de 2013

Emater capacita índios Munduruku no beneficiamento de copaíba


Começa segunda (17) e vai até quarta-feira (19) a oficina de capacitação de manejo de copaíba que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) oferece a extrativistas que moram na Floresta Nacional (Flona) do Crepori e a indígenas da etnia Munduruku, da região do Rio das Tropas, em Jacareacanga, oeste do Pará. A capacitação tem a parceria da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da prefeitura municipal.

A oficina vai capacitar 40 alunos, com aulas teóricas, que serão ministradas na Aldeia Caroçal, distante seis horas de lancha da sede do município. As aulas práticas ocorrerão na área da Flona, que é coordenada pelo Instituto Chico Mendes da Conservação e da Biodiversidade (ICMBio).

A capacitação trabalhará o manejo adequado das árvores, extração do óleo, armazenamento e as demais etapas do processo de produção e comercialização da copaíba. A oficina atende a necessidade das comunidades, indígenas e não indígenas, que moram em áreas ricas em essências florestais, com produção espontânea, de várias espécies, e acabam ficando potencial subaproveitado.

A capacitação no manejo da copaíba e de outras essências também garante a preservação das áreas com a floresta em pé. “Caso não tivéssemos conseguido fazer a capacitação, a floresta seria destinada para o manejo sustentável. Assim preservamos e garantimos o uso por tempo indeterminado”, diz o engenheiro agrônomo da Emater Thyago Leão.

As boas práticas ensinadas aos alunos garantirá agregação de valor ao produto, que já tem mercado garantido. A copaíba produzida na região de Jacareacanga é negociada diretamente com uma empresa multinacional para a fabricação de cosméticos e alimentos. Hoje, o quilo é vendido a R$ 25.

Durante as aulas será feito também um levantamento das áreas de produção. O diagnóstico pretende identificar o número de árvores, produção anual por área e qualidade do óleo coletado. O diagnóstico também subsidiará a equipe técnica com dados que ajudarão no processo de certificação orgânica das árvores nativas. “Esse ainda é um processo em construção, mas só a certificação orgânica já agrega pelo menos 20% de valor aos produtos no mercado”, finaliza o agrônomo.

FONTE: AGÊNCIA PARÁ DE NOTÍCIAS

Nenhum comentário: