13 de ago. de 2013

Dona Onete lança biografia no Centur, em Belém

Livro resgata infância e histórias de vida da diva do carimbó chamegado. Lançamento foi hoje (13) no Hall Ismael Nery, do Centur.


A cantora Dona Onete, considerada a "diva do carimbó chamegado", lançou em Belém hoje (13), às 19h, a biografia "Menina Onete - Travessias & Travessuras", escrita e editada pelo antropólogo Antônio Maria de Souza Santos e pela pedagoga Josivana de Castro Rodrigues.
"Esse livro está sendo produzido há mais um e ano e meio, quando tive contato com a música e a figura da Dona Onete. Fiquei muito impressionado quando vi aquela senhora de 70 e poucos anos cantando com uma vivacidade enorme", conta Antônio Santos. A obra enfoca a infância da menina Ionete da Silveira Gama, que só teria seu talento reconhecido como cantora popular, no Brasil e no mundo, após os 70 anos de idade.
Para o antropólogo, a contribuição da cantora para a música brasileira e paraense solidifica, no meio urbano, uma tradição que vem dos interiores. "Ela tem uma importância enorme na música regional, que se soma com a música popular brasileira. O carimbó começa a se urbanizar, na década de 70, tendo o Pinduca como um dos grandes maestros desse movimento. A Dona Onete, igualmente, traz do Baixo Tocantins esse carimbó mais chamegado, o carimbó um pouco mais maneiro, como ela mesmo diz", detalha.
Vida e obra 
Nascida em Cachoeira do Arari, no Marajó, desde os quatro anos de idade Dona Onete participava da manifestação popular conhecida como "Pastorinhas", encenações natalinas que contam a vida de Cristo, e frequentava rodas de carimbó, siriá e banguê. Ainda na infância, fazia show de rua e se apresentou no Bar Suburbana, no bairro de Fátima, em Belém, entoando matutos, pássaros, quadrilhas, boi bumbá e samba.

Dona Onete (Foto: Divulgação)
Artista construiu trajetória profissional com base
nos ritmos da Amazônia. (Foto: Divulgação)
Ionete ainda foi professora de História e Estudos Paraenses, além de ser secretária municipal de cultura, antes de ser conhecida como a Dona Onete, descoberta pelo público por meio de parcerias com a banda Coletivo Rádio Cipó.
Dona do carimbó chamegado, Onete compôs a música "Mareia, mareia", que foi vencedora do prêmio Troféu Mestre Lucindo, na categoria "Carimbó de raiz" durante a terceira edição do Festival de Carimbó de Marapanim, em 2006.  Em 2011, a cantora subiu aos palcos do Terruá Pará, em São Paulo, e, em 2012, gravou o primeiro álbum, "Fetitiço Caboclo", um registro musical de mais de 70 anos de vida dedicados à música e à cultura paraenses.
Serviço: Lançamento do Livro "Menina Onete - Travessias & Travessuras", de Antônio Maria de Souza Santos e Josivana de Castro Rodrigues, nesta terça-feira (13), a partir das 19h, no Hall Ismael Nery, no andar térreo do Centur, em Belém. Mais informações: (91) 3202 - 4376.
FONTE: Daqui. 

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