24 de out. de 2016

Índios Munduruku estão sendo homenageados na 7a. Mostra SP de Fotografia


Mostra SP de Fotografia, promovida pela DOC Galeria, de 22/10 a 19/11 – com curadoria dos fotógrafos João Kehl e Rafael Jacinto -, além de expor imagens do Bairro da Vila Madalena, em SP, está trazendo também duas exposições comoventes que homenageiam os índios Munduruku (foto acima), que venceram a luta contra a construção da hidrelétrica no rio Tapajós, e as vítimas da tragédia do Rio Doce, em MG.

“Os Munduruku são um povo guerreiro e generoso. E foi essa generosidade que me permitiu retratá-los e revelar um pouco de sua nobreza, de sua tenacidade e do seu respeito pela vida e pela natureza”, conta o fotógrafo Rogério Assis. Ele desenvolve diversos trabalhos de documentação para ONGs como o Greenpeace e o ISA – Instituto SocioAmbiental.

Suas belíssimas imagens – que agora compõem a exposição Resistência ou Morte! – estão coladas em oito muros na Rua Medeiros de Albuquerque, próximo ao Beco do Batman. Com esta mostra, ele não só homenageia a coragem dos índios e sua vitória contra a construção da usina hidrelétrica de São Luiz dos Tapajós, como o rio que corre sob o asfalto – o Rio Verde. As obras marcam um pouco do seu trajeto. Marina Yamakoka, ativista e amiga de Rogério, descreveu essa na apresentação da exposição:

“A série de retratos de índios Munduruku desenterra o rio Verde, curso de água invisível que foi soterrado para dar abertura a ruas e construções em Pinheiros. O acelerado processo de urbanização em São Paulo no começo do século levou ao desaparecimento de vários rios e córregos, hoje, ocultos e despercebidos. Ao mesmo tempo em que as fotografias revelam o local onde, um dia, houve água corrente e um rio vivo, elas são expressão da resistência do povo Munduruku, no rio Tapajós”.

O retrato lindo, acima, foi depredado na mesma noite da montagem da exposição, como relatou Rogério em sua página no Facebook – “Os Munduruku resistem há anos contra a construção de uma hidrelétrica no meio de suas terras na Amazônia, mas suas imagens não resistiram 24hs à covardia de um imbecil na selva paulistana” – e, depois, em seu blog: São Paulo e os indígenas. A obra foi recolocada no mesmo lugar.

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FONTE: Conexão Planeta.

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