25 de fev. de 2016

Alimentos em Manaus estão 50% mais contaminados com agrotóxico do que no resto do país

Os produtos consumidos por meio da agricultura convencional estão 50 % mais contaminados, em Manaus, que a média nacional.

O resultado é de um levantamento realizado pelo Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotoxicos (Para), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e divulgado durante a implantação do Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos no Amazonas, ocorrido no dia 19/2, na sede do Ministério Público do Estado (MPE-AM).

O Fórum será coordenado pelo MPE-AM em conjunto com os Ministérios Públicos Federal e do Trabalho no Amazonas e tem como objetivo debater as questões relacionadas a agrotóxicos e transgênicos, de modo a fomentar ações integradas de proteção à saúde do trabalhador, consumidor, da população e do ambiente.

O grupo se reunirá bimestralmente para buscar alternativas para incentivar a produção orgânica. Atuarão no fórum a coordenadora Regional e Promotora de Justiça do MPE-AM, Aurely Pereira de Freitas; o procurador da República, Rafael da Silva Rocha, como Coordenador Adjunto; e o procurador do Ministério Público do Trabalho, Jorsinei Dourado do Nascimento, como Secretário-Executivo.

Abrasco

Durante o encontro também foi lançado o "Dossiê Abrasco: Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos", que também está sendo lançado em todo o País. O documento defende a agroecologia e a reforma agrária como caminhos para racionalizar o uso de agrotóxicos e tornar o Brasil um País mais saudável.

Para marcar o encontro, dois engenheiros agrônomos foram convidados a palestrar sobre o tema: O pesquisador da Fiocruz e Engenheiro Agrônomo, Luiz Cláudio Meirelles, do Rio de Janeiro´; e o engenheiro agrônomo, Márcio Menezes, coordenador da Rede Maniva de Agroecologia no Amazonas que falou sobre a “Agroecologia no Contexto Amazônico”.

Entre os dados apontados, falou-se sobre as 34 mil notificações de intoxicação no País entre 2007 e 2014 e do aumento de 45% no consumo de agrotóxicos no País nos últimos quatro anos.

FONTE: Idéias na Mesa, disponível também aqui

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