Um Fórum de discussão e divulgação de ações desenvolvidas na região BR 163 - Pará e informaçoes sobre a Amazônia
21 de ago. de 2009
Reunião do Parque da Amazônia sobre hidrelétricas acontece hoje
O Conselho Consultivo do Parque Nacional da Amazônia, com sede na cidade de Itaituba, no Pará, debaterá hoje os prováveis impactos das usinas hidrelétricas na BAcia do Rio Tapajós.
Pretendendo estabelecer um debate com representantes da Eletronorte e da sociedade da região atingida pelos empreendimentos, o grupo gestor da unidade, além de convidar os técnicos do governo, convidaram também o Procurador da República em Santarém, Cláudio Dias e o padre Edilberto Sena, que falará sobre os impactos destas hidrelétricas na visão dos movimentos sociais da região.
Criado nos anos setenta como primeiro parque do gênero na região, o Parna da Amazônia vive um dos maiores impasses. “Informações disponibilizadas pelo governo federal e pelos movimentos sociais da região dizem que será diretamente atingido pelos projetos hidrelétricos da ELERTOBRÁS na bacia do rio Tapajós", diz anúncio do evento que será restrito aos membros do Conselho Consultivo e convidados.
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19 de ago. de 2009
Contrariando as críticas da sociedade civil organizada, políticos da região do Rio Xingu se unem para acelerar obra de usinas
Contra as críticas de organizações não-governamentais (ONGs) e do Conselho Indigenista Missionário, o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), tem levado os prefeitos da região a se unir para acelerar a tramitação do processo de licitação. O "Consórcio Belo Monte", formado pelas prefeituras dos 11 municípios da área de influência da futura hidrelétrica, vê na hidrelétrica uma oportunidade de desenvolver a área. A usina de 11,3 mil megawatts deve demandar investimentos de pelo menos R$ 7 bilhões, criar 18 mil empregos diretos e mais 80 mil indiretos, segundo cálculos da Eletrobrás, responsável pelos estudos da hidrelétrica.
Cerca de 40 km vão separar o canteiro principal do município de Altamira (PA). A prefeita da cidade, Odileida Sampaio (PSDB), conta com o empreendimento para reduzir a elevada taxa de desemprego do município. Segundo ela, Altamira tem hoje cerca de 20 mil desempregados numa população estimada de 100 mil pessoas. "Imaginamos que as empresas que vencerem a licitação vão dar prioridade à mão de obra da região, e só vão trazer de fora o pessoal mais especializado. "
Apesar de o projeto sequer ter sido licitado - a ideia do governo é leiloar a concessão de Belo Monte em outubro. A região já sente os efeitos migratórios. O prefeito de Anapu, Francisco de Assis, o Chiquinho do PT, disse que sua cidade tem recebido pelo menos uma nova família por dia em busca de emprego na futura obra ou em outras atividades.
"Elas não estão vindo só pela usina, mas também para trabalhar na agricultura" , disse o prefeito, que, para desenvolver a região, espera não somente a construção de Belo Monte como também a recuperação da Transamazônica.
"Em toda a nossa região, quando se fala na Transamazônica e em Belo Monte, as pessoas ficam com a expectativa de melhora nas condições de vida", disse Chiquinho, que preside o "Consórcio Belo Monte".
Para poder fazer o leilão da concessão da usina, o governo precisa ainda que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) conceda a licença ambiental prévia do projeto. O processo de licenciamento só foi liberado há algumas semanas, depois de ter ficado parado por dois por causa de uma liminar.
É praticamente certo que haverá muitas disputas nos tribunais por causa de Belo Monte. O projeto enfrenta resistência histórica de comunidades indígenas.
No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu representantes de ONGs, dos índios e o d. Erwin Krautler, bispo do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário. O grupo, contrário à obra, ouviu do presidente Lula que a construção da hidrelétrica não seria "empurrada goela abaixo".
A usina de Belo Monte deverá alagar uma área de aproximadamente 516 quilômetros quadrados. Na comparação com usinas já existentes, a relação entre os megawatts gerados e o tamanho do reservatório de Belo Monte é a terceira melhor do país: 21,8 MW por quilômetros alagado.
FONTE: Notícias da Panamazônia. Texto de Leonardo Goy, do Estadão, disponível em: http://www.estadao.com.br
18 de ago. de 2009
Histórias do Rio Tapajós
Já ouviram falar da cobra grande? Da Chica Pipira? Do Guabiraba e do São Benedito?
E as histórias de pescador? E as histórias indígenas?
Quantas histórias sobre as cachoeiras do Tapajós...
Tem muita história de boto, de lobisomem, de cachorro doido, tem até história de vulcão adormecido, isso tem... A iara dizem que não tem no Tapajós não, só no Amazonas, perto de Manaus...
Pois é, o Tapajós não é mercadoria como alguns podem estar pensando, ele tem suas vontades próprias, ele é grande, e conforme uma história aí que nós ouvimos, costuma engolir quem quer fazer mal a ele.
Algumas fotos de contadores de histórias de Itaituba e de São Luiz do Tapajós.
17 de ago. de 2009
Está acontecendo em Santo Antônio acampamento de atingidos pelas barragens do Rio Madeira
Povos da floresta querem ser beneficiados por mecanismo de REDD

Usinas hidrelétricas do Tapajós serão leiloadas em 2010
A Eletrobrás espera que as cinco usinas do Complexo Tapajós estejam prontas para serem licitadas no fim do ano que vem. As usinas possuem capacidade instalada total de 10.682 MW. A expectativa do presidente da Eletrobrás é de que a primeira usina a ser leiloada seja a maior delas, de São Luís do Tapajós, com potência de 6.133 MW. " Estamos discutindo com o Ministério do Meio Ambiente o desenvolvimento do Eia-Rima e da avaliação ambiental integrada e esperamos até o fim do ano de 2010 deixar em condições de ser licitada, pelo menos o primeiro projeto, de São Luís de Tapajós " , disse Muniz Lopes, que participou do Energy Summit, no Rio de Janeiro. Além de São Luís do Tapajós, a Eletrobrás trabalha na viabilização dos projetos de Jatobá, com capacidade de 2.338 MW; Jamanxim, com 881 MW; Cachoeira do Caí, com 802 MW; e Cachoeira dos Patos, com 528 MW. Muniz Lopes ressaltou que as licitações serão feitas de acordo com as necessidades determinadas pelo governo. O executivo também observou que a estatal vai cumprir a determinação do Planalto para o leilão da usina de Belo Monte, que deverá acontecer este ano. Também presente ao evento, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, confirmou a expectativa de que o leilão da usina aconteça em novembro. " A Eletrobrás vai cumprir o que o governo determinar. Se for importante participar com quatro empresas para ter concorrência, vamos com quatro empresas " , disse Muniz Lopes, acrescentando que uma usina do porte de Belo Monte, que terá potência de mais de 11 mil MW, pode custar até US$ 11 bilhões.FONTE: Publicado em 11/08/2009 às 12h39m no Jornal Valor Online e enviado por International Rivers - SP
10 de ago. de 2009
Reunião do Conselho Consultivo do Parque da Amazônia sobre hidrelétricas na Bacia do Rio Tapajós
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9 de ago. de 2009
Visita da FAO para definir ações do Projeto Manejo Florestal, Apoio à Produção Sustentável e Fortalecimento da Sociedade Civil na Amazônia Brasileira
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3 de ago. de 2009
Marcha Estadual: Em Defesa da Reforma Agrária e Contra a Crise!
Entre os dias 01 a 15 de agosto de 2009 acontecerá em Belém a Marcha Estadual Em Defesa da Reforma Agrária e Contra a Crise!
Entre outros, alguns objetivos são a denúncia do modelo de desenvolvimento da Amazônia; o diálogo com a sociedade sobre a necessidade da Reforma Agrária; denunciar a criminalização dos Movimentos Sociais; celebrar os 25 anos do MST e preparar os 20 anos do MST/PA.
Vamos apoiar e participar dessa luta!!
FONTE: Enviado por Roselene Portela - IAMAS/PANAMAZÔNIA
Carta informa que lideranças do MAB em Tucuruí, estado do Pará, estão sendo ameaçadas
Vimos através desta, alertar a sociedade em geral e o governo brasileiro que nos últimos dias tem se intensificado as ameaças de morte contra lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Tucuruí, estado do Pará. Essas ameaças têm vindo de setores ligados aos grandes interesses econômicos da região, principalmente os da grilagem de terras, do agronegócio, da indústria do carvão e da indústria madeireira, que em sua maioria, desenvolvem atividades ilegais, causando a destruição da Amazônia. Esses grupos econômicos historicamente vêm desenvolvendo suas atividades na região, utilizando de corrupção, ameaças aos camponeses, apropriação de terras na base da violência e até mesmo a morte de lideranças que se opõe a esse modelo de desenvolvimento. Eles intensificaram sua atuação a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, na década de 80, que até hoje tem negado os passivos decorrentes da sua instalação. As denúncias de violação dos direitos humanos vêm sendo feitas há anos, tanto por parte dos atingidos como também por organizações internacionais e pelo governo brasileiro, através da Comissão Especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, que esteve no local em 2007 e comprovou as denúncias realizadas pelas famílias atingidas pela barragem. Além disso, o conjunto dos movimentos sociais tem intensificado nesses últimos anos a defesa dos recursos naturais, bem como resistindo e exigindo os direitos negados pelos grandes projetos que vem assolando a população. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra de Tucuruí, nos três últimos anos (2006-2009) 14 lideranças rurais foram assassinadas nessa região em decorrência da luta pela terra e denúncia de extração ilegal de madeiras. O último caso foi o assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tucuruí, Raimundo Nonato, em abril desse ano. Até agora nada foi feito para prender os mandantes desse crime. As ameaças de morte que as lideranças estão sofrendo foram registradas recentemente na delegacia de polícia de Tucuruí. As lideranças ameaçadas são: Roquevan Alves Silva e Dilma Ferreira da Silva, e de forma indireta, outras lideranças também tem sofrido constantes ameaças. Enquanto isso, a justiça tem fechado os olhos para essa realidade, ocasionando um clima muito tenso na região. Diante disso, nos sentimos preocupados e queremos exigir dos órgãos competentes uma intervenção rápida nessa situação, buscando evitar mais crimes e garantindo a integridade das lideranças que vem fazendo a defesa dos direitos das famílias camponesas contra a ação ilegal de grandes grupos econômicos, interessados tão somente na exploração dos recursos naturais, na destruição da floresta amazônica e na apropriação indevida da terra e dos recursos naturais. Por fim, acreditamos que os órgãos competentes possam investigar esses crimes e exigimos para que se tome uma postura radical e séria perante essa situação, do contrário, estaremos sendo mais uma vez coniventes com essa triste realidade criminosa no campo paraense. Atenciosamente, Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
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QUANTO CUSTA UMA HIDRELÉTRICA?
Mais do que questões ambientais, uma queda-debraço entre governo e setor privado pode se tornar o principal empecilho para que a usina de Belo Monte, no Pará — o maior empreendimento elétrico em cronograma hoje no país, equivalente a quase quatro usinas de Jirau — saia do papel. Enquanto o Ministério de Minas e Energia estima que o custo da obra gira em torno de R$ 16 bilhões, os empresários asseguram que o empreendimento vale, no mínimo, R$ 30 bilhões. Publicamente, o valor de investimentos para concluir a obra ainda é de R$ 7 bilhões, de acordo com os balanços quadrimestrais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A reportagem é de Eliane Oliveira e Gustavo Paul e publicada pelo jornal O Globo, 29-07-2009. Esta discrepância foi demonstrada em reunião, ontem, entre o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e representantes das associações brasileiras das indústrias de Base (Abdib), de Máquinas (Abimaq) e Eletroeletrônica (Abinee). Os empresários foram convocados pelo ministro para a apresentação do projeto, com novo cálculo. Projeção do governo “chocou” empresários É a segunda grande obra de infraestrutura a ter mudança de preço recentemente. Na semana retrasada, o trem-bala que ligará o Rio a São Paulo e Campinas, orçado inicialmente em US$ 11 bilhões, teve o preço recalculado para US$ 17 bilhões. Não houve consenso nos debates de Belo Monte, ontem, apesar do empenho do ministro em argumentar que a obra é fundamental para o governo Lula. Segundo um dos presentes, o novo valor da usina “chocou” os empresários. Depois de ouvir a proposta de Lobão, a indústria aguarda agora o envio dos detalhes técnicos para entender a razão que levou à redução radical dos custos que ela estimou. — Os números não estão batendo — disse um participante do encontro. — O ministro ficou fazendo jogo de cena e jogando o preço para baixo, como se estivéssemos ganhando rios de dinheiro. Os empresários alertaram que a discrepância de preços torna mais difícil a elaboração de uma equação financeira, para que finalmente a data da licitação de Belo Monte seja marcada. Outra preocupação relativa ao baixo valor do empreendimento é que o fabricante, para reduzir custos, acaba importando equipamentos de outros países, com destaque para a China, o que pode significar um golpe para a indústria nacional. — A falta de uma equação financeira é o grande obstáculo para que se determine quando a obra vai acontecer. Esta foi a pior reunião sobre o tema da qual participei — disse um empresário. Analista: obra corre o risco de não atrair investidores Segundo um analista do setor elétrico com passagem pelo governo, a discrepância de valores revela um problema grave para a concepção da obra. Para ele, não haveria sentido econômico em projeções tão antagônicas para um mesmo empreendimento. O risco é a obra não atrair investidores: — Me parece que o governo está querendo jogar a obra para um preço bem baixo, apostando em queda de preços na comercialização da energia no mercado livre. Mas esse mercado oscila muito e a conta pode não fechar — afirmou. Ao ser concluída, adeverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, com capacidade de geração de 11,1 mil megawatts. Nas últimas semanas, o processo de licenciamento ambiental foi interrompido por uma liminar da Justiça Federal, no Pará. Depois, o Ibama ainda terá de conceder a licença ambiental. Alegando problemas ambientais, o governo já sinalizou duas vezes a data de licitação da usina. A primeira previsão era ocorrer em setembro deste ano, mas acabou sendo postergada para outubro.FONTE: Enviado por Arno M. Longo, disponível em: O Globo 29/07/2009 http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/07/28/ninguem-sabe-custo-da-usina-de-belo-monte-valores-variam-de-7-bi-r-30-bi-757018686.asp
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