12 de dez. de 2009

Atos contra hidrelétricas em Jacareacanga

Na primeira semana de novembro aconteceram diversas atividades de Mobilização Sobre Hidrelétricas no Rio Tapajós. Segundo informações do sr. Raymundo Moreno, da Rádio Comunitária de Jacarecanga, a primeira atividade aconteceu no Centro Comunitário São Pedro, e mesmo sem a presenaça de nenhum representante do poder público, a atividade reuniu cerca de 150 pessoas, entre indígenas, trabalhadores e trabalhadoras rurais, estudantes e professores, entre outros. Nos dias seguintes aconteceram diversas atividades na Missão Kururu, aldeia que fica nas margens do rio Kururu, dentro da Reserva Indígena Munduruku, e distante 1 dia de voadeira da sede do município. Durante as atividades, coordenadas pela Igreja Católica e que contou com a presença do Padre Edilberto, da Rádio Rural de Santarém, foi construído coletivamente um documento para ser entregue ao Presidente Lula, para o Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão e demais autoridades responsáveis pelo setor energético do Brasil, que mostra de forma bem clara a posição dos presentes contra a instalação dos empreeendimentos hidrelétricos no Rio Tapajós. Abaixo você pode ler a letra da música escrita pelo sr Raymundo durante o evento e também a carta feita pelas lideranças Mundurukus contra a instalação dos empreendimentos hidrelétricos no Rio Tapajós, veja:
SINAL DE ALERTA Carimbó de Ray Moreno Desperta meu povo, desperta, não vamos calar nossa voz Não vamos deixar que a elite assassine o nosso Tapajós Nós não queremos barragens, queremos oportunidade Para podermos trabalhar, e nossos filhos criar Não venham com conversa mole, querendo o povo enganar Se não podem nos ajudar, não venham nos atrapalhar REFRÃO Em nosso Tapajós existem tantas riquezas A sua fauna e flora, cheias de encanto e beleza Deixem meu rio em paz, em paz! BArragens aqui jamais, jamais Nós não queremos guerra, queremos viver em paz Este é o recado do povo ribeirinho Pois quem está com Deus, nunca está sozinho Estamos em sinal de alerta, de Santarém ao Rio Kururu Além de mexer com o branco, quer mexer com os Munduruku Atender os anseios do povo, se torna tudo difícil demais MAs querem ceder às pressões das grandes multinacionais Que querem aumentar nossas águas Nós não estamos com sede Queremos um Tapajós vivo Nosso príncipe dos olhos verdes REFRÃO Em nosso Tapajós existem tantas riquezas A sua fauna e flora, cheias de encanto e beleza Deixem meu rio em paz, em paz! BArragens aqui jamais, jamais Nós não queremos guerra, queremos viver em paz Este é o recado do povo ribeirinho Pois quem está com Deus, nunca está sozinho
(clique nas imagens para ampliar)

Um comentário:

Oficina de Capacitação de Radislistas Comunitários disse...

Publiquei a matéria em www.abracocentrooeste.ning.com ABRAÇO FORTE