Um Fórum de discussão e divulgação de ações desenvolvidas na região BR 163 - Pará e informaçoes sobre a Amazônia
1 de out. de 2009
Aconteceu ontem, em Altamira, um Ato político dos movimentos sociais contra Belo Monte
Cerca de quarenta representantes dos movimentos sociais participaram hoje de um ato político no IBAMA, com a presença da imprensa local, para a entrega de um manifesto e um documento apresentando os principais questionamentos e considerações dos movimentos sociais e povos da região acerca do AHE Belo Monte.
Diante da falta de posicionamento do IBAMA, face aos pedidos apresentados nas últimas semanas pelos movimentos sociais e o MPF (anulação das quatro audiências públicas e a realização de novas audiências num território mais amplo que contemple localidades na área rural que seriam impactadas), os movimentos sociais decidiram protocolar junto ao IBAMA, alguns documentos de ordem política e técnica.
Mais de sessenta questões que preocupam os povos da região foram identificadas e reunidas num documento que exige respostas por parte do órgão licenciador. Boa parte dessas questões foram dirigidas aos representantes do IBAMA, do setor elétrico e aos pesquisadores que realizaram os estudos de impactos ambientais durante as audiências na região, mas ficaram sem resposta.
Roberto Scarpari, gerente do IBAMA em Altamira, recebeu os documentos e admitiu que se o modelo das audiências públicas não está respondendo aos anseios da população, é bastante legítimo que a sociedade se organize para instituir um modelo mais adequado, inclusive para o contexto amazônico, que se diferencia do resto do país, entre outras pelas grandes distâncias e dificuldades de deslocamento.
Os documentos foram em seguida protocolados no MPF, para que o órgão possa acompanhar o processo e reforçar o pedido de respostas junto ao IBAMA. O Procurador da República, Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, ressaltou ainda que o pedido de anulação das audiências será ajuizado em breve e que segue aguardando um posicionamento do IBAMA a respeito da realização de novas audiências na região.
Por que sacrificar o Rio Xingu com uso hidrelétrico se sua Bacia representa um capital ecológico dos mais importantes do país em seu estado natural, podendo converter-se em instrumentos de desenvolvimento econômico sustentável e harmonioso com outras opções de investimento como turismo verde, a pesca, o lazer e tantos outros usos de importância estratégica como a própria fonte de água?
Enviado por: Movimento Xingu Vivo para Sempre!
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