14 de mai. de 2011

Rodovia BR-163: 41 anos de abandono

Por toda extensão da BR as dificuldades dão iguais. Em um trecho próximo ao município de Rurópolis o rio inundou a pista.


Rodovia BR-163: 41 anos de abandono
BR-163 interliga santarém ao Centro-sul
Santarém
O Jornal Tapajós primeira edição iniciou hoje uma viagem pelas estradas federais da região. Em épocas de chuva as condições dessas vias causam muitos transtornos. Quem foi conferir as dificuldades no local foram os repórteres Daniele Gambôa e José Rodrigues.

A BR-163 é o principal acesso de Santarém ao Centro-sul do país e que interliga aos outros municípios do Oeste do Pará. A estrada atravessa uma das regiões mais ricas da Amazônia em recursos naturais e de potencial econômico.

Iniciada nos anos de 1970 como mas uma das grandes obras de infraestrutura projetadas pelo governo federal para integrar a Amazônia à economia nacional. Até hoje o asfaltamento da estrada ainda não foi concluído.

O trecho entre Santarém e a cidade de Rurópolis o asfalto segue até o KM 151, depois a viagem continua em estrada de terra, com apenas alguns trechos pavimentados. O trabalho é executado pelo Batalhão de Engenharia e Construção.

Na cidade de Rurópolis o asfalto segue até o KM 151

A preocupação de quem trafega frequentemente pelo local são as condições das pontes em períodos de chuva, pois a força e o volume das águas comprometem as estruturas.

Por toda extensão da BR as dificuldades dão iguais. Em um trecho próximo ao município de Rurópolis o rio inundou a pista. A água ficou 5 metros acima do nível normal, passageiros e caminhões se arriscam por dentro d’água.


Motoristas se arriscam a atravessar por dentro d'água

Em outra parte da BR a situação é pior. A ponte construída sobre o igarapé Água Preta ficou totalmente debaixo d’água. Uma fila de carros se formou enquanto a água baixava. Motoristas de veículos maiores arriscavam fazer a travessia.

Carros formam fila para atravessar o igarapé que transbordou

A maior parte da estrada se resume em pontes quebradas, rio transbordando e pessoas aguardando por uma solução para seguir viagem que antes duravam cerca de 1 hora, agora duram até 4 horas e isso dependendo também da condição do tempo.

Algumas pontes serão substituídas por estruturas maiores, No trecho até Rurópolis apenas cinco pontes foram licitadas. Os trabalhos não param nem nos finais de semana e deverão ser concluídas até o final deste ano.

Para ajudar na compactação das estradas e evitar os atoleiros e facilitando a trafegabilidade, as empreiteiras utilizam brita, matéria prima encontrada em abundância em toda a extensão, mas o sonho do asfalto ainda está distante. A previsão é que chegue por aqui até o final de 2012.

FONTE: Nota Tapajós, acesse aqui.

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