23 de mar. de 2015

Professores paraenses entram em greve

Professores do Pará decidiram nessa manhã a paralisação da categoria em todo o estado, a greve é contra o governo de Simão Jatene (PSDB) contra o fechamento de salas de aula e melhoria; O Pará é o terceiro estado com comando tucano com a educação em caos, acompanhando São Paulo e Paraná

Greve em todo o Estado. Essa foi a decisão dos professores da rede pública de ensino do Pará, que estavam reunidos em assembleia desde a manhã desta sexta-feira (20), discutindo os movimentos da categoria no processo para pedir as reivindicações dos trabalhadores.

Em nota publicada nas redes sociais, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) afirmou que a ampla maioria dos trabalhadores votou a favor da suspensão das atividades, como forma de pressionar "os cortes de Jatene" sobre o salário dos professores. O sindicato já havia informado mais cedo que a adesão ao movimento seria maciça e que 100% das escolas amanheçam paralisadas já na próxima quarta-feira (25).

Segundo a categoria, os professores sofrem "redução salarial com implementação da lotação 2015, imposta pela Seduc, além de permanecer sem previsão para o pagamento do piso nacional". Além do pagamento, foram discutidos na reunião outros pontos que serão cobrados pelo movimento grevista, como a falta de segurança nas escolas, falta de infraestrutura dos prédios escolares, implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e modulação do ensino.

O Sintepp informa ainda que o comado de greve irá se reunir para discutir os próximos passos do movimento. Os professores ocuparam completamente a via no sentido Entroncamento/Belém, concentrados em frente ao prédio do tribunal. De lá, eles sairam em caminhada pela contra-mão da via até a avenida Dr. Freitas, onde se concentraram em frente ao Comando Geral da Polícia Militar, e realizaram nova interdição. Eles esperavam protestar contra o governador Simão Jatene, que atualmente está fazendo os despachos no local, mas como ele não estava no prédio, encerraram a manifestação.

No final da manhã, a categoria estava reunida na Escola Estadual Cordeiro de Farias, localizada a poucos metros do TJPA, onde votou a favor da greve, que deverá ser iniciada na próxima quarta-feira (25).
"Durante o fim de semana, segunda e terça-feira, vamos nos reunir para discutir as ações do movimento, tentar dialogar com o governo do Estado e visitar escolas e comunidades, para esclarecer sobre os motivos da greve", continuou Conceição. A coordenadora ainda reforçou a expectativa do sindicato de que a adesão à greve seja grande em todo o Estado. "O governo fez algo que já havia tentado, mas nunca efetivamente feito, que foi mexer diretamente no bolso do trabalhador. Tem professor que vai perder de R$ 600 a R$ 1 mil nesse esquema de governo. Então acreditamos que toda a categoria vai se unir nessa luta", completou.

FONTE: Portal Metrópole, diponível também aqui.

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