13 de set. de 2009

Convite para o Ato contra as barragen de Belo Monte e informações sobre as audiências públicas

Estão sendo realizadas as audiências públicas sobre a maior obra do PAC, o Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte. A primeira foi na cidade de Brasil Novo, com início as 13h30 e término as 19h00. Segundo discussão do Movimento Xingu Vivo para sempre, foram realizadas apresentações bonitas, porém superficiais e assim foram também as respostas dadas nas seções de perguntas que não atenderam os anseios das populações. Adhemar Palloci, pela Eletrobrás e Valter Cardeal, da Eletronorte, junto com pesquisadores da Leme Engenharia e técnicos do governo federal, apresentaram os estudos da obra para cerca de 600 pessoas. Os presentes puderam fazer perguntas sobre os impactos, para obter respostas e compromissos quanto aos impactos, mas omissões, superficialidade e ausência de respostas, no entanto, marcaram a audiência. O procurador da República em Altamira, Rodrigo Costa e Silva, responsável por fiscalizar o licenciamento de Belo Monte, apresentou sete questões objetivas relacionadas à saúde, educação, ordenamento fundiário. A resposta padrão dos técnicos foi: “os detalhes estão nos Estudos de Impacto Ambiental". As perguntas colocadas por representantes dos movimentos sociais, políticos, empresários, Ministério Público mostraram que a população tem dúvidas diretas e relevantes sobre o empreendimento, como a respeito da mão de obra a ser empregada nas obras,a qualificação dos moradores da região para ocupar os postos de trabalho que seriam gerados e os investimentos a serem realizados na região. A segunda audiência pública de Belo Monte aconteceu em Vitória do Xingu e mais de 1.500 pessoas acompanharam as quase dez horas de debate sob forte esquema de policiamento (cerca de 300 policiais garantiam a “segurança” no recinto). Esta audiência foi marcada por questionamentos, preocupações e reclamações sobre a metodologia da audiência, mas sobretudo pela falta de respostas esclarecedoras por parte da mesa diretora, composta por Paulo Diniz, do IBAMA, Valter Cardeal, da Eletrobrás, Ademar Palocci, da Eletronorte e a equipe contratada pelas empreiteiras Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez para realizar os estudos de impacto ambiental. As próximas audiências prometem ser ainda mais calorosas, com mais participação da população local e com questões ainda mais especificas do que as feitas até então. Segundo discussão do Movimento Xingu Vivo para Sempre, a sociedade espera que a equipe técnica seja mais competente para ao menos apontar os locais do EIA onde se podem encontrar respostas, ou assumir o compromisso de buscar essas repostas, quando elas não existirem. “A impressão que ficou foi de que os técnicos não tinham certezas para apresentar, nem o mínimo conhecimento da dimensão dos impactos. Saímos com a certeza de que é necessário complementar os estudos e fazer novas audiências públicas”, concluiu um participante do evento. FONTE: Enviado por Movimento Xingu Vivo para Sempre

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