5 de nov. de 2009

Se Lobão não vai ao Xingu, o Xingu vem até Lobão

Mais de 200 lideranças indígenas se reuniram na Terra Indígena Capoto/Jarina, no entroncamento do rio Xingu e a MT 322 (antiga BR 80) desde a última quarta-feira (28/10) para protestar contra a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. A manifestação foi convocada em repúdio às declarações do ministro Edson Lobão, que disse ter a sensação de que há "forças demoníacas que puxam o país para baixo, impedindo que haja avanços" ao referir-se ao projeto de Belo Monte. Representantes do governo – Ministério Público Federal (MPF), Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ibama e Funai –, além da imprensa em geral, também foram convidados. A reunião terminou ontem. O Greenpeace documentou a manifestação, colhendo depoimentos de lideranças indígenas e não-indígenas sobre os impactos socioambientais do projeto, com o objetivo de reforçar o trabalho das instituições envolvidas na defesa do Xingu. Para dar amplitude à voz que vem do Xingu junto ao governo federal, as imagens e depoimentos captados foram projetadas no prédio do Ministério das Minas e Energia, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília ontem, em manifestação que reuniu manifestantes e representantes de três aldeias indígenas localizadas nas proximidades da barragem.

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