Com foco no Cerrado o FIP está em fase de consulta pública. O primeiro encontro aconteceu hoje e é parte integrante de um processo de mobilização de atores para a construção e identificação das lacunas do Plano de Investimento para o FIP.
Um dos países-piloto para aplicar os recursos oriundos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP), que totaliza aproximadamente US$ 550 milhões, o Brasil iniciou nessa terça feira (7) um diálogo com a sociedade acerca do desenvolvimento, implementação e avaliação das ações prioritárias do país definidas no Plano de Investimento para o FIP (do inglês Forest Investment Program ou, traduzindo, Programa de Investimento Florestal) que tem como intuito catalisar políticas e medidas e mobilizar fundos para facilitar e promover a melhoria da gestão sustentável das florestas.
Criado há dois anos no âmbito dos Fundos de Investimento Climático (CIF) e sob a administração do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), os recursos disponíveis serão aplicados em oito países selecionados entre aqueles em desenvolvimento. Além do Brasil, foram eleitos também Burkina Faso, República Democrática do Congo, Gana, Indonésia, Laos, México e Peru. Ao Brasil serão destinados entre 50 e 70 milhões de dólares.
Em setembro de 2010 o Brasil confirmou seu interesse em participar do programa. Os recursos são advindos de países interessados em favorecer atividades florestais, como redução do desmatamento e da degradação florestal, aumento de estoques de carbono e recuperação de áreas degradadas. Com o objetivo de fazer parte do processo, representantes dos movimentos sociais, ONGs setor privado e financeiro, secretarias municipais e estaduais de meio ambiente e agricultura e de órgãos do governo participaram da Consulta Pública Presencial sobre o Plano de Investimento do Brasil para o FIP no auditório Darcy Ribeiro, na Universidade de Brasília.
A consulta é parte integrante de um processo de mobilização e articulação com os atores envolvidos na construção e identificação das lacunas do Plano. Os 55 participantes dividiram-se em grupos de trabalho para formular sugestões de melhorias para o Plano, que contemplará o bioma Cerrado. “Acredito que o encontro foi muito produtivo e reconheceu o cerrado como área prioritária para conservação. Também contribuiu na delineação de políticas no sentido de aprimorar o Plano para que ele realmente atinja sua meta principal de reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, concluiu Francisco Limeira, professor da Universidade Estadual do Maranhão.
No próximo dia 15 outra reunião será realizada na Sede do EMBRAPA, em Brasília, com todos os atores envolvidos para apresentação, compilação, sistematização e debate sobre os resultados levantados.
FONTE: Enviado por Assessoria de Comunicação – Rede GTA
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