3 de dez. de 2010

Audiência Pública sobre hidrelétrica Teles Pires foi realizada em Jacareacanga e deixou povo Munduruku indignado

Para se informar sobre as hidrelétricas na região, leia o texto abaixo, publicado no Blog Rastilho de Pólvora, do Walter Azevedo Tertulino.

Com a presença de técnicos do Ibama e da Empresa de Pesquisas Energética, e ainda contando com a presença de cerca de 300 pessoas, incluindo muitos índios da etnia Munduruku, realizou-se no dia 23 de novembro uma audiência publica para análise do Relatório de Impacto Ambiental para construção da Hidrelétrica de Teles Pires, que está localizada no município de Paranaíta/MT. 84% de sua expansão projetada encontra-se em território Matogrossense e o resto 16% no município de Jacareacanga.

Mesmo, os técnicos descerrando comentários sobre o baixo impacto ambiental que deverá ocorrer nas Terras Indígenas Munduruku, Sai Cinza e Kayabi, os indígenas Munduruku que participaram ativamente das discussões não ficaram satisfeitos com o que viram, já que não se mostraram alternativa alguma para as mudanças ambientais, como migrações da fauna, extinção de vidas aquaticas que poderão ocorrer na região trazendo prejuízos à sobrevivência dos indígenas que necessitam ainda dessa riqueza natural para sua dieta alimentar.

Na verdade mesmo ocorrendo presença de dois funcionários da Funai Brasilia, os Munduruku se ressentiram de falta de orientações de quem é baseado na região, como da equipe de trabalho do Coordenador Regional da Funai de Itaituba que não se apresentou e ainda a ausencia dos próprios vereadores indígenas que se colocaram avessos à discussão prévia com os indigenas. O Cacique Geral Biboy e o Capitão João Tomé Akay (na foto com a jornalista Telma Monteiro, do Blog Energia e Sustentabilidade), demonstrando insatisfação com a falta de alguém para orientá-los na discussão, disseram que a Funai de Itaituba não tem mais importância alguma para seu povo, já que até nesses momentos mostra-se ausente.
Mesmo o raio de funcionamento projetado para a Usina Teles Pires estar situado a mais de 300 km de Barra de São Manuel (coração da terra Indígena Munduruku) é fato que deverá ocorrer sérias mudanças na população de pescado e caças, e ainda na geografia de parte da Terra Indígena Munduruku e Kayabi, e todo esse prejuízo deverá ser compensado de uma forma ou de outra para diminuir o prejuízo que com certeza o povo indígena do alto Tapajós terá. Quem fará essa compensação?
Para ler o texto completo, clique aqui.

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