20 de ago. de 2011

A crise ambiental global e a construção de alternativas são temas de encontro Pan-Amazônico dos povos indígenas

Qual o posicionamento político dos indígenas da Amazônia Indígena frente às grandes questões mundiais como as mudanças climáticas, REDD, o mercado de carbono, as relações com as instituições financeiras multilaterais, e a repartição de benefícios sobre recursos genéticos e saberes tradicionais? Para responder a essas e outras questões, centenas de lideranças de Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, se reuniram em Manaus, Amazonas, Brasil, de 15 a 18 de agosto, no “Grande Encontro dos Povos – Saberes, Povos e Vida Plena em Harmonia com a Floresta”.

A abertura do evento aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado e as atividades continuaram no Hotel Taj Mahal, localizado na Avenida Getúlio Vargas, Centro de Manaus. O objetivo foi unir as organizações dos povos indígenas e dialogar junto a movimentos ambientalistas mundiais e instituições sociais e internacional, para construir - respeitando a diversidade e saberes tradicionais- , uma alternativa a sobrevivência da Floresta e de todas as formas de vida do planeta.

O evento foi organizado pela COICA – Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica, em parceria com a COIAB – Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, e contou com a participação de centenas de lideranças indígenas, por meio de 10 representantes locais e regionais de cada um das nove confederações nacionais dos povos indígenas da Amazônia: Brasil (COIAB), Peru (AIDESEP), Bolívia (CIDOB), Colômbia (OPIAC), Equador (CONFENIAE), Venezuela (ORPIA), Guiana (APA) Suriname (OIS) e da Guiana Francesa (FOAG).

Nesse Grande Encontro foram tomadas decisões estratégicas sobre temas relacionados à Amazônia e para toda a humanidade, debatendo propostas das lideranças indígenas e representantes do sistema das Nações Unidas, europeus e sul-americanos, os bancos multilaterais, ambientalistas e movimentos sociais, nas escolhas de ações específicas sobre os processos globais.

Pensando juntos, do local ao global, as organizações também reafirmaram a luta pelo reconhecimento dos direitos coletivos de defesa e sobrevivência da vida povos indígenas da Amazônia e defesa legal de seus territórios, assim como o respeito ao meio ambiente e do ecossistema amazônico.

Os povos indígenas, representados no evento, defendem que a Amazônia e seu modo de vida tradicional contribuem para a estabilidade climática global, o desenvolvimento econômico sustentável, o uso e gestão da biodiversidade e da conservação e uso sustentável das florestas, bem como o respeito e reconhecimento dos conhecimentos ancestrais e a propriedade intelectual coletiva dos povos indígenas, entre outros.

FONTE: COIAB

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