Municípios da Amazônia Legal e de Mato Grosso do Sul já podem se cadastrar para receber uma unidade fluvial de saúde. Até 2014, serão entregues 32 embarcações – 16 delas devem estar em funcionamento até 2012.
De acordo com o Ministério da Saúde, as unidades fluviais terão consultório médico, odontológico e de enfermagem, além de ambiente para armazenamento de medicamentos, laboratório e sala de vacina. O objetivo é reforçar ações de planejamento familiar e de prevenção do câncer de mama e de colo de útero.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o papel das embarcações no acompanhamento das gestantes que vivem em populações ribeirinhas. Ele avaliou que o quadro de mortalidade materna, sobretudo na região amazônica, é tão grave que o país pode não alcançar o objetivo do milênio que trata da redução desses índices.
“As unidades fluviais começam na raiz do problema, que é garantir um pré-natal de qualidade”, disse, ao reforçar que as gestantes devem realizar, no mínimo, seis consultas. “Não podemos apostar nessa região com métodos tradicionais”, completou.
O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda, também ressaltou a importância de um tratamento diferenciado a municípios com realidades locais diferentes. “Vai ser uma virada importante na conquista do direito à saúde para essas populações, que têm que ter a nossa prioridade”, afirmou.
A secretária de Saúde do município de Borba, no Amazonas, Maria Adriana Moreira, avaliou que a entrega das embarcações vai funcionar como “um divisor de águas” para as localidades com populações ribeirinhas. Para o secretário de Saúde do estado, Edilson Mendes, o projeto poderá resolver um dos grandes problemas da região – a ampliação do acesso à atenção primária.
Ao todo, foram investidos R$ 38,4 milhões na construção das embarcações. Quando já estiverem instaladas, as unidades poderão receber até R$ 40 mil mensais para manutenção e custeio.
Os convênios serão firmados entre as secretarias municipais de Saúde e o ministério. Os pedidos de adesão poderão ser feitos por meio do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv) até o dia 30 de setembro.
FONTE: Paula Laboissière/ Agência Brasil
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