Aproximar empresas, o governo e o setor financeiro para a construção de agendas que fortaleçam o setor florestal foi um dos objetivos do encontro Concessões florestais: viabilidade econômica e perspectivas, que ocorreu nesta quarta-feira (9/2), às 14h, em Belém (PA).
A reunião foi promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro e pela Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex) para avaliar as perspectivas e oportunidades comerciais e de financiamento da atividade florestal, associadas à melhoria do mercado interno e externo, à garantia de sustentabilidade oriunda da ampliação das áreas de concessão e ao ingresso de importantes agentes financeiros em iniciativas de manejo florestal.
"Estamos em um momento interessante, pois a atividade florestal na Amazônia começa a chamar a atenção de investidores como uma atividade que alia sustentabilidade e boas perspectivas de rendimento", afirma o gerente de Concessões do Serviço Florestal, Marcelo Arguelles.
Editais - O Serviço Florestal Brasileiro está com um edital de concessão aberto para o manejo de 210 mil hectares na Floresta Nacional do Amana (PA) e prevê lançar outros três editais para concessão que somarão mais de 700 mil hectares para manejo em flonas do estado. Está prevista ainda para entrar em operação este ano outra concessão florestal de 48,8 mil hectares na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, na Calha Norte. Os contratos são de 40 anos.
Estima-se, porém, que o Pará necessite de 300 mil hectares manejados por ano para atender de forma sustentada a demanda atual de madeira tropical do estado. "A solução desse problema passa pela participação dos madeireiros e empresários paraenses nos processos de licitação para concessão", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel.
A União e o Estado têm trabalhado para viabilizar esta oferta, porém "os madeireiros e empresários paraenses precisam se preparar para este novo momento em que as concessões abrem uma perspectiva de longo prazo para os seus negócios", afirma Marcelo Arguelles.
Pioneiros - O encontro em Belém contou com apresentações do Serviço Florestal, Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), Aimex, além de duas empresas que venceram a licitação da primeira concessão federal, realizada na Floresta Nacional do Jamari (RO), em operação desde o ano passado.
O evento também trouxe representantes do setor financeiro para apresentar as oportunidades de atração de investimentos e de acesso a créditos, que estão disponíveis para o setor madeireiro.
Madeira - O Pará é o estado com a maior produção de madeira do país - foram 6,6 milhões de metros cúbicos em 2009 -, o que representa 47% da produção nacional. O estado também registra a maior produção processada de madeira, com 2,5 milhões de metros cúbicos, e a maior receita bruta com a atividade madeireira, de R$ 2,17 bilhões em 2009, segundo dados de estudo feito pelo Serviço Florestal e o Imazon.
FONTE: Enviado por Maria Jociléia Soares da Silva (Gestora da Floresta Nacional Itaituba I)
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