Audiência sobre hidrelétricas no Tapajós e Jamaxim levou muita gente à Câmara O plenário da Câmara Municipal de Itaituba ficou completamente lotado, ontem à noite, por pessoas das mais diversas áreas da sociedade local, interessadas em ouvir o que o pessoal da Eletronorte e da Eletrobras tinha a dizer a respeito do projeto de construção de três usinas hidrelétricas no Rio Tapajós e quatro do Jamaxim. A reunião foi pedida pelo vereador César Aguiar e teve até transmissão quase integral, ao vivo, através do canal 7, TV Tapajoara, afiliada do SBT em Itaituba. O engenheiro Luis Fernando Rufato, da Eletronorte, mais do que acostumado com esse tipo de situação, preparado, profundo conhecedor do assunto, conduziu a reunião ao seu modo, passando muitas informações técnicas, muitas das quais já eram conhecidas, sobretudo pelas pessoas interessadas no assunto. Ele disse exatamente onde deve ser construída a hidrelétrica conhecida como de São Luis do Tapajós, que foi a que provocou os maiores questionamentos desde algum tempo atrás, pois havia grande preocupação quanto a possibilidade da famosa vila de São Luis desaparecer. Na verdade, o nome vai continua sendo Hidrelétrica de São Luis, mas, quem vai pagar a conta será a vila de Pimental, porque a barragem ficará acima das corredeiras de São Luis. Pelo menos uma parte da vila de Pimental vai ser inundada. É o que disse Rafato. Não se sabe se será toda a vila e ser for, talvez ele não tenha dito isso para não assustar muito. Durante a fala de Rufato foram ensaiadas algumas vaias de contestação ao que ele dizia. Representantes de movimentos sociais como o Fórum da BR 163 estiverem presentes ao evento de ontem à noite, sendo que por esses movimentos quem fez os questionamentos foi o Padre Arno. Padre Arno, que vivia no município de Baião no período da construção da Hidrelétrica de Tucuri fez algumas perguntas e comentários a respeito desse projeto do Tapajós e do Jamaxim. Ele disse que em Tucurui a conversa era muito parecida, sempre muito bonita, mas que na prática o que se viu foram mazelas sociais que ficaram após o término da obra e que ele teme que aqui aconteça a mesma coisa. Rufato respondeu dizendo que os tempos são outros, que hoje as coisas são tratadas de maneira diferente, que as exigências legais hoje em dia são muito maiores, dentre as quais os estudos de impactos ambientais e sociais que têm que ser feitos minuciosamente, sob pena da obra não ser autorizada. O representante da Eletronorte disse ainda, que se as autoridades ambientais não derem o aval e que, caso a sociedade se posicione contra a obra, ela não sairá o papel. Em suma, a reunião serviu, sim, para alguma coisa, mas ficou muito longe do que a maioria das pessoas esperava, sobretudo os representantes de movimentos sociais. Nas imagens exibidas do projeto das hidrelétricas tudo que foi mostrado por Luis Fernando Rufato é muito bonito, perfeito; o meio ambiente sofrerá danos ínfimos; tão bonito que é difícil de acreditar que á aquilo mesmo que vai acontecer. Como a discussão está apenas começando e esse assunto ainda vai gerar muita polêmica, espera-se que a sociedade, de fato, tenha acesso a todas as informações necessárias para poder se posicionar.Para acessar mais comentários deste jornalista sobre o tema das hidrelétricas no Tapajós, entrem em: http://jotaparente.blogspot.com
Um Fórum de discussão e divulgação de ações desenvolvidas na região BR 163 - Pará e informaçoes sobre a Amazônia
28 de jun. de 2009
Mais um comentário sobre a "audiência" na Câmara dos Vereadores!
Postagem do blog do Jota Parente, dêem uma olhada!
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