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7 de jun. de 2009
Mais um crime contra a Vida
A Rede ASPTA relatou, no Boletim virtual POR UM BRASIL LIVRE DE TRANGÊNICOS*, a descoberta de que a americana Dow Agrochemical busca aprovar testes de campo com uma nova variedade de soja tolerante à aplicação do herbicida 2,4-D, comercializado no Brasil com o nome fantasia “Tordon”.
Pra quem se lembra, este produto integrava o herbicida “agente laranja”, fabricado pela Dow e Monsanto, que o exército americano usou para desfolhar as matas do Vietnã durante a guerra em busca das forças locais. Além das milhares de mortes, mais de 500 mil crianças nasceram com sérias má-formações em função das dioxinas liberadas pelo produto.
Conforme o Boletim, da ecologia básica sabe-se que a aplicação repetida de um mesmo herbicida provoca o desenvolvimento de resistência ao produto nas plantas espontâneas (mato) e, com isso, ele perde gradativamente a eficácia, fazendo com que os agricultores sejam levados a usar doses cada vez maiores. E chamam a atenção para que quando a CTNBio aprovou a soja da Monsanto afirmou que “A introdução de cultivares tolerantes ao Glifosate não aumentará a pressão de seleção sobre as plantas daninhas, em termos de concentração do Glifosate (produto/área)”.
De acordo com o Sindag, o sindicato da indústria de agrotóxicos, pelo menos desde 2006 o Tordon é aplicado nas lavouras de soja transgênica .
Entre os pedidos para testes de campo, há também um milho tolerante aos herbicidas 2,4-D e haloxyfop-R. Este último não recebeu registro para uso nos EUA por causar câncer e defeitos congênitos em animais de laboratório. O EPA (Environmental Protection Agency) classificou-o como um “provável carcinogênico humano”. O milho transgênico tolerante ao haloxifop-R teria altas taxas de resíduos de um herbicida que sequer tem o registro em seu país de origem.
Isso te preocupa?
*Veja em: http://www.aspta.org.br/por-um-brasil-livre-de-transgenicos/boletim/boletim-442-22-de-maio-de-2009
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