27 de out. de 2011

Extrativista recebe proteção do ICMBio e da Secretraria de Direitos Humanos

A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, no Pará, incluiu nesta terça (25) o líder da Reserva Extrativista (Resex) Riozinho do Anfrízio, Raimundo Belmiro, no Programa de Proteção à Vida. Já estão em Altamira oito policiais da Força Nacional para dar segurança ao extrativista ameaçado de morte. A Resex é gerida pelo Instituto Chico Mendes no sudoeste do Pará. A medida foi decretada a pedido do ICMBio e Ministério do Meio Ambiente feito oficialmente à SDH e foi formalizada a partir de articulação do Instituto com a Policia Federal e a Força Nacional durante as reuniões da Comissão Interministerial no Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (CICCIA).

No perído de 9 de setembro a 16 de outubro, Raimundo Belmiro recebeu escolta sob supervisão da Coordenação Geral de Proteção Ambiental do ICMBio, que arcou com as despesas das diárias para a manutenção dos dois policiais. Eram um investigador da polícia civil e um policial militar, disponibilizados pelos respectivos comandos da Secretaria de Segurança do Estado do Pará, graças à articulação e apoio do ICMBio, além de analistas das unidades do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, em Altamira.


CRIME - No sábado (22), um pequeno empresário do município de Miritituba, em Itaituba (PA), e residente num assentamento próximo à Resex Riozinho do Anfrízio e Flona do Trairão, João Chupel Primo, conhecido como João da Gaita, foi assassinado depois de participar de uma reunião juntamente com Raimundo Belmiro, integrantes do Instituto Socioambiental (ISA) e o Ministério Público Federal. Na ocasião, foi feito entregue um documento com uma série de denúncias sobre a grilagem de terras na região. O presidente de uma associação de moradores do assentamento Areia, vizinho à Resex Riozinho do Anfrísio, Júnior José Guerra, também denunciante da grilagem de terra e da extração ilegal de madeira, está ameaçado de morte e já foi retirado do local pela Polícia Rodoviária Federal. A situação está muito tensa nas unidades de conservação da região da Terra do Meio e no entorno da BR 163. As ações e operações de fiscalização do ICMBio ao longo do segundo semestre deste ano, na Flona do Trairão, Rebio Nascente do Cachimbo e Resex Renascer, entre outras, envolveram apreensão da madeira e equipamentos e maquinários utilizados para a extração ilegal da floresta.

A ação do ICMBio tem gerado efeito positivo no que se refere à proteção da floresta amazônica nas unidades de conservação. Por outro lado, as ameaças de morte às lideranças das reservas extrativistas e outros cidadãos que denunciam o roubo de madeira têm se intensificado nos últimos dias. Essas ameaças se estendem também aos analistas ambientais do Instituto que estão seguidos durante as operações e nas cidades, como forma de tentar inibir as ações de combate ao roubo de madeira, considerado pelo Instituto ação de crime organizado, envolvendo políticos locais e outros de expressão nacional, empresários, policiais.

FONTE: Ascom/ICMBio, disponível aqui.
       

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