29 de out. de 2011

Monitoramento da soja na Amazônia

Soja foi identificada em 11.698 hectares (ha) de áreas desmatadas na Amazônia após 2006. O número revela aumento em relação à safra anterior (2009/2010), quando foram mapeados 6.295 ha.
Com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o relatório do 4º ano do mapeamento e monitoramento do plantio de soja na Amazônia divulgado neste mês de outubro mostra que neste ano, correspondente à safra de 2010-2011, a oleaginosa foi identificada em 11.698 hectares (ha) de áreas desmatadas na Amazônia após 2006. O número revela aumento em relação à safra anterior (2009/2010), quando foram mapeados 6.295 ha.

Os resultados do monitoramento foram apresentados em Brasília pelo Grupo de Trabalho da Soja (GTS), que também anunciou a renovação da Moratória por mais um ano, até 31 de janeiro de 2013.
O IPAM, sendo uma das instituições participantes do GTS, participa da Moratória acreditando que esse é um avanço em termos de governança conjunta que trabalha para fortalecer políticas de desenvolvimento da agropecuária com desmatamento zero. Segubdo a pesquisadora do IPAM Andrea Azevedo "as instituições que compõem o GTS desenvolvem um aprendizado coletivo constante em busca de alternativas que envolvam o mercado na transformação do setor agropecuário".

Sobre a Moratória da soja

Instituída em 24 de julho de 2006, a Moratória da Soja estabeleceu o compromisso das indústrias e exportadores da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) de não adquirirem soja oriunda de áreas desflorestadas na Amazônia a partir de julho daquele ano.

O monitoramento por satélites da Moratória é resultado da parceria entre o INPE e o GTS, que é formado pelas empresas associadas da ABIOVE e ANEC, Ministério do Meio Ambiente, Banco do Brasil e organizações da sociedade civil (Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil).

Para monitorar o cumprimento da Moratória da Soja, o INPE utiliza metodologia especialmente desenvolvida para detectar a presença de culturas agrícolas em áreas desflorestadas, a partir da interpretação das imagens de satélites. Além das informações geradas pelo INPE, são utilizadas bases de dados da Funai, Ibama, IBGE e Imazon. O aerolevantamento em áreas pré-selecionadas pelo INPE é realizado por meio de empresa contratada pelo GTS. Para consolidar os dados também são realizadas vistorias em campo e busca de documentação legal para identificação de propriedades rurais.

FONTE: IPAM

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